Economia
SC tem a menor taxa de desemprego do país
Índice de desocupação de SC cai pra 5,8%, segundo pesquisa do IBGE. Foram nove mil pessoas a mais empregadas
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Pesquisa nacional do IBGE que monitora os dados do mercado de trabalho mostra que Santa Catarina tem a menor taxa de desocupação do país. O índice de 5,8% para o segundo trimestre – meses de abril, maio e junho – teve queda em relação aos primeiros três meses de 2021, quando o desemprego registrado foi de 6,2%. A taxa de desocupação nacional é de 14,1%, mais que o dobro da estadual.
A redução do desemprego do primeiro para o segundo trimestre deste ano fez a estimativa de desocupados cair de 228 mil para 219 mil pessoas, ou seja, nove mil pessoas desempregadas a menos. A queda na desocupação mantém Santa Catarina na liderança isolada em relação aos estados que ocupam a segunda e terceira posição no ranking nacional: Rio Grande do Sul (8,8%) e Mato Grosso (9%).
Outro destaque positivo foi o aumento da população ocupada, de 3,4 milhões para 3,5 milhões, representando mais de 107 mil pessoas. A alta foi possível porque o volume de pessoas na chamada força de trabalho cresceu de 3,6 milhões para 3,7 milhões. A situação mostra que mais profissionais estiveram aptos a trabalhar, número que ficou encolhido durante a pandemia.
O resultado atual supera até alguns índices do cenário pré-covid em Santa Catarina. A taxa de desocupação para o segundo trimestre havia sido de 6,5% em 2018, 6% em 2019, e de 6,9% em 2020. Por outro lado, antes da pandemia, o estado chegou a ter 3,7 milhões de ocupados, contra 3,54 milhões atualmente.
Santa Catarina apresentou ainda as menores taxas do país na redução do trabalho informal, com queda de 27% em comparação aos primeiros meses de 2021, nos subempregos (queda de 10,6%), e entre os desalentados (queda de 0,9%), que são pessoas que não conseguiram ocupar as vagas ofertadas. Há anos o estado mantém o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, com formalização de 90%, contra 75% da média nacional.
A pesquisa do IBGE aponta que a indústria foi o setor que registrou o maior acréscimo de trabalhadores nos últimos meses. Dos 107 mil novos ocupados no segundo trimestre, o setor industrial ganhou 41 mil pessoas, somando 808 mil empregados. A área de transporte, armazenagem e correio vem em segundo lugar, com 24 mil trabalhadores a mais, seguida da construção, com 15 mil novos ocupados.
Apesar da melhora, o rendimento dos catarinenses está em queda, segundo o IBGE. O valor médio real habitualmente recebido por todos os trabalhadores era de R$ 2897 no segundo trimestre de 2020, mas caiu para R$ 2882 no primeiro trimestre de 2021 e chegou a R$ 2841 no segundo trimestre. A redução vem debaixo da alta da inflação de 8,4% em 12 meses, segundo o IPCA.
Saldo de 140 mil vagas no estado em 2021
Desde o começo do ano, Santa Catarina tem se destacado na geração de empregos. Foram quase 140 mil novas vagas entre janeiro e julho, de acordo com o ministério da economia. Os dados do cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a criação de empregos está distribuída por diversas regiões do estado.
Em números gerais, 284 cidades catarinenses, 93,6% dos municípios, registraram mais contratações do que demissões entre agosto do ano passado e julho deste ano. Só em 11 cidades tiveram saldos negativos na oferta de empregos. No período, foram gerados 232 mil empregos formais, resultado abaixo apenas de São Paulo e Minas Gerais.
O governador Carlos Moisés ressalta que o estado está se recuperando de maneira firme do tombo provocado pela pandemia no ano passado. “Nossa taxa de desemprego é menos da metade do resto do Brasil. Isso representa dignidade para o trabalho e desenvolvimento para o estado. Estamos confiantes em números cada vez mais animadores conforme voltarmos à normalidade”, disse.
Itajaí e Balneário Camboriú entre as cidades que mais geraram empregos
Itajaí e Balneário Camboriú estão entre as cidades catarinenses que mais geraram empregos entre agosto de 2020 e julho deste ano, conforme dados do Caged. Itajaí registrou saldo positivo de 12.144 vagas no período, sendo a quarta cidade em geração de empregos no estado. Já Balneário gerou 5473 vagas, figurando entre os 11 municípios catarinenses que mais criaram empregos.
Na Amfri, Itajaí lidera a criação de empregos, com saldo acumulado de 7045 vagas neste ano, 986 delas geradas em julho. O setor de serviços puxa o resultado, com 3590 vagas, seguido da indústria (1727), comércio (1337) e construção (749). Em Balneário, o saldo é de 1118 empregos no ano, a maior parte no setor de construção. A geração de 437 vagas, em julho, mantém a recuperação desde abril.
Camboriú soma saldo positivo de 1001 vagas, seguido de Navegantes, que gerou outros 697 empregos em 2021 e se recuperou da perda de quase 400 vagas registrada em março. Em Itapema, que detém o segundo melhor resultado na região, foram 1278 vagas de saldo em 2021 até julho.
Os Sines de Itajaí (137), Balneário Camboriú (70), Camboriú (24) e Navegantes (33) somam 264 vagas abertas esta semana. Os encaminhamentos para as vagas podem ser feitos pelo aplicativo Sine Fácil, no site www.maisemprego.mte.gov.br ou nos postos de atendimento, por telefone ou e-mail. No balcão de Empregos de Itajaí, eram cerca de 600 vagas até ontem.
O Sine de Itajaí atende pelo telefone 3398-6070 ou e-mail itajai@sine.sc.gov.br. Em Balneário, o contato é pelo 3398-6066 ou e-mail balneariocamboriu@sine.sc.gov.br. Em Navegantes, informações no e-mail sine@navegantes.sc.gov.br ou na agência que agora funciona no prédio da prefeitura. Em Camboriú, o contato é no 3365-6426 ou presencial no posto no centro.