O primeiro de três rebocadores que vão trabalhar na obra do alargamento da faixa de areia da praia central de Balneário Camboriú chegou à cidade esta semana. A embarcação DN38, modelo Multi Cat, veio da Argentina e está no atracadouro Tedesco, na barra Sul. O equipamento conta com uma tripulação especializada e possui um guincho de alta capacidade.

Um segundo rebocador também já chegou à região e está atracado em Itajaí, no terminal da IMZ, no bairro Salseiros. O terceiro deve vir de Paranaguá (PR). As embarcações serão usadas para posicionar no mar as duas linhas de tubos que trarão para a praia central a areia retirada pela draga da jazida a cerca de 15 quilômetros da costa.

A soldagem dos tubos na praia está quase pronta, devendo ser concluída no final de semana. A previsão é de que as linhas de tubos comecem a ser colocadas no mar no final da semana que vem.

De acordo com o gestor do fundo de Outorga Onerosa, Rubens Spernau, que está coordenando a parte de infraestrutura das obras de alargamento, a colocação dependerá das condições de ondulação e corrente marítima. “Quanto mais calmo estiver o mar, melhor”, observa.

A primeira linha que vai ser posicionada é a que mede 1,1 quilômetro e está no canteiro de obras que vai da rua 2500 até a rua 3700. Ela vai ter as duas pontas tampadas e será empurrada para o mar por tratores. Uma das pontas será amarrada a cabos de aço e, então, puxada pelos rebocadores para o mar, em ponto além da ilha das Cabras, a cerca de dois quilômetros da praia. Esta operação é feita com a tubulação flutuando.

A segunda linha está com 700 metros e é montada no canteiro da parte norte da praia. Ela tem uma extensão de 300 metros de tubulação flexível. A linha também terá as duas pontas tampadas, sendo empurrada até o mar e puxada por uma das pontas, flutuando, para além da ilha das Cabras, onde será ligada à primeira linha. Com a conexão feita, os tubos vão formar uma única linha que vai da praia, na altura da rua 3300, até o fundo da enseada.

Numa terceira operação, uma tubulação flexível de borracha será ligada à ponta dentro do mar e a tubulação de ferro será afundada. Na ponta flexível e flutuante será acoplado o equipamento que fará a ligação da tubulação à draga, quando esta chegar à cidade, o que deverá ocorrer em agosto. A partir daí, começará o preenchimento da praia. A areia trazida vai aumentar a orla dos atuais 25 metros de faixa de areia, em média, para 70 metros.

Draga teve pane

A draga Galileo Galilei, escolhida pra trabalhar nas obras de alargamento, estava navegando para Balneário mas precisou aportar no porto de Omã, no mar da Arábia, após apresentar problemas. A embarcação tem previsão de chegar em Balneário ainda em julho. O município discute com o consórcio responsável pelas obras a possibilidade de outra draga ser disponibilizada até que a Galileo Galilei passe pelos reparos.

As duas dragas tem a mesma capacidade de 18 mil metros cúbicos, mas a Galileo poderia trazer cerca de 20% a mais de areia por viagem e ainda tem um calado menor, podendo navegar mais perto da praia.