Família de Itajaí diz que cemitério sumiu com ossada de familiar
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Além da dor de enterrar o marido após 42 anos de casados, dona Rita Teresa Cuareschi, de 67 anos, sofreu outra decepção: descobriu que os restos mortais do amado ‘’desapareceram’’ do cemitério Municipal da Fazenda, em Itajaí. Conforme o relato, a família já tinha um terreno no cemitério para enterrar o familiar, mas na época o corpo foi para uma gaveta. Rita narra que sabia que o prazo para permanecer na gaveta é de três anos e estava aguardando o contato do cemitério para poder finalmente enterrar o marido. Porém, não foi isso que aconteceu. No último sábado, quando esteve no local, levou um susto ao não encontrar a pedra com o nome e a foto de homenagem na gaveta em que estavam os ossos do marido. Em seguida, foi informada que outro corpo estava ocupando o espaço. Ainda segundo a denúncia, o funcionário do cemitério não forneceu nenhuma informação sobre o paradeiro da ossada, fez pouco caso da situação e se negou a passar as orientações. “O funcionário não é preparado para lidar com as pessoas, principalmente com quem perdeu um familiar,” desabafa. Ainda abalada, a viúva quer saber onde o marido está para enterrá-lo e também onde está a pedra de homenagem com as identificações do marido que “desapareceu” com os ossos. “Estou muito magoada e ofendida. Eu quero os ossos do meu marido, a pedra, as letras e a foto. Eu tenho dois terrenos para enterrá-lo e o cemitério tinha três telefones, mas não entrou em contato conosco,” lamenta. Os familiares se questionam porque outros corpos que estão enterrados há cinco e até 11 anos ainda permanecem na gaveta e o corpo do seu marido desapareceu antes do prazo. A prefeitura de Itajaí informou que após três anos que o corpo é enterrado, se a família não voltar para retirar a ossada, a administração do cemitério faz a exumação e os elementos vão para o Ossuário, com a devida identificação. A administração do cemitério ressaltou que esse procedimento é legal. Cada exumação é feita com a devida identificação do corpo e registrada. A orientação é que a família procure a administração do cemitério, que funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 11h30 e das 14h às 17h30, para pedir a localização dos ossos e se informar sobre a documentação necessária para agendar o procedimento.