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Entrevistão com os candidatos à prefeitura de Itajaí (Parte 1)

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Itajaí, mais uma vez, confirma o histórico de campanhas eleitorais  acirradas  no âmbito municipal. São cinco candidatos disputando o comando da cidade. O prefeito Volnei Morastoni (MDB) tenta a reeleição contra quatro oponentes: o ex-vereador João Vecchi (PT), o sindicalista e ex-vereador Osvaldo Mafra (Solidariedade), o empresário Patrick Dauer (Avante) e o vereador Robison Coelho (PSDB). Para ajudar os eleitores na escolha, o DIARINHO sabatinou os candidatos. A entrevista será publicada em duas edições, hoje e amanhã. A  divisão das entrevistas foi por ordem alfabética.

Os sabatinados falaram sobre saúde, educação,  Plano Diretor, porto, transporte público, Semasa e pandemia do coronavírus. Hoje, publicamos a entrevista com Vecchi, Mafra e Dauer. Terça-feira,  é a vez de Robison e Volnei.

As fotos são de Fabrício Pitella e a entrevista de Franciele Marcon. O conteúdo está disponível, em texto e vídeo (na íntegra), no site www.diarinho.com.br, e nas redes sociais @diarinho. Confira!



João Eduardo Vecchi (PT)

https://vimeo.com/476973383

Raio X

NOME: João Eduardo Vecchi (PT)


NATURAL:  Itajaí

IDADE: 60 anos

ESTADO CIVIL: divorciado

FILHOS: dois

FORMAÇÃO: Educação Física e Especialista em Esportes Coletivos


TRAJETÓRIA POLÍTICA: vereador de 2001 a 2008;  presidente da câmara de Vereadores de 2005 a 2006

 

Itajaí delegou política pública estratégica, a educação, à iniciativa privada” - João Vecchi (PT)

 


Osvaldo Mafra (Solidariedade)

https://vimeo.com/476974531

Raio X

NOME: Osvaldo Mafra (Solidariedade)

NATURAL:  Itajaí

IDADE: 56 anos

ESTADO CIVIL: casado


FILHOS: quatro

FORMAÇÃO: Gestão Pública e cursando pós-graduação em Administração Pública e MBA em Cidades Inteligentes.

TRAJETÓRIA POLÍTICA: vereador eleito em 2012 e suplente de deputado federal

 
A administração do Semasa é um desastre” - Osvaldo Mafra (SD)
  Patrick Dauer (Avante) https://vimeo.com/476975477

Raio X

NOME: Patrick Dauer (Avante)

NATURAL:  Itajaí

IDADE: 41 anos

ESTADO CIVIL: casado

FILHOS: uma

FORMAÇÃO: superior incompleto

TRAJETÓRIA POLÍTICA: tenta o pleito pela primeira vez.

 

A nossa ideia é construir mais praças nos bairros, não só no centro” - Patrick Dauer (Avante)

 

DIARINHO – Itajaí demorou quase um mês pra anunciar que conseguiu controlar o grave problema da salinidade após o rompimento de uma barreira do Semasa. Como avalia a atual gestão do Semasa e o que pretende mudar na autarquia se for eleito prefeito?

João Vecchi: A origem do problema é a má versação do dinheiro público. Porque na realidade é uma empresa pública. Embora seja  uma autarquia, mas nada é dicotomizado. As coisas são relacionadas. Se a prefeitura gasta mal, ela teve que buscar dinheiro no Semasa para cobrir o caixa do município. A gestão do município de Itajaí é uma gestão que não é interessante na visão de economicidade. E o Semasa também não é diferente. Até porque o Semasa, uma autarquia, mas a operação mesmo do Semasa não é feita pelos trabalhadores do Semasa. O Semasa terceiriza. Aí vem o grande problema.  O município deveria ter o controle sobre a operação. Se você terceiriza, você delega responsabilidade. Sendo a água um bem totalmente estratégico para a cidade, o município não tem o controle sobre o serviço. Isso foi verificado inclusive pelo senhor prefeito que acusa terceiros de sabotagem. Se ele não tem o controle, ele fica muito inseguro e aconteceu o que acontece em Itajaí.

Osvaldo Mafra: É uma vergonha o que estão fazendo com a nossa cidade. Nosso povo, nossa gente  não merece. Porque a água não é de graça, ela é paga, e muito bem paga. A administração do Semasa é um desastre. Pessoas despreparadas, conduzindo uma coisa importantíssima em qualquer lugar do mundo, que é a água. Nós vamos mudar isso. Nós vamos abrir uma consulta pública para licitar a nossa querida Semasa. Até mesmo porque o Semasa precisa de investimentos, e investimentos vultuosos, e na administração atual não temos. Pra você ter uma ideia, só pra fazer o conserto das adutoras, fazer as substituições da ETA e também o tratamento da água que a gente precisa, nós precisamos de R$ 110 milhões. Nós precisamos acabar a obra do esgoto tratado na cidade, que tem 50% somente feito. E criar as estações que façam também o tratamento desse esgoto. Vai precisar R$ 300 milhões para deixar o Semasa redondinho e pronto. Nós não temos dinheiro público para fazer isso. Só a iniciativa privada, com investimento pesado, pode fazer isso.

Patrick Dauer: Essa gestão não foi competente o suficiente. Porque o dinheiro que era pra ser usado no Semasa foi usado em outras áreas. Na nossa gestão, todo o dinheiro que entrar no caixa do Semasa será investido no próprio Semasa. A nossa proposta é devolver para os cofres do Semasa esse dinheiro que foi tirado para fazer investimentos em infraestrutura. Porque a gente sabe que hoje esse problema que teve, foi porque eles não fizeram plano emergencial pra resolver esses problemas. Poderiam ter criado um novo reservatório, poderiam ter feito novas captações de água, ou até mesmo um poço artesiano. Quantos investimentos poderiam ter sido feitos que não foram? Hoje a gente sabe que o Semasa tem um investimento alto, de R$ 11 milhões, que foi feito ano passado, mas que não resolveu o problema. Se nós tivéssemos feito a manutenção lá na barragem ou criado um plano emergencial, não tinha acontecido o que aconteceu hoje.

DIARINHO – Itajaí vai encerrar mais um governo sem fazer a aprovação do  novo Plano Diretor. Houve audiências consultivas, mas as mudanças não foram debatidas com profundidade. O Plano Diretor precisará ser votado pelo novo governo e vereadores eleitos e pode ceder à pressão da construção civil para que a cidade aprofunde o processo de verticalização. Qual será a diretriz de um eventual governo seu?

João Vecchi: Pra iniciar a discussão do Plano Diretor, eu quero criar o conselho das Cidades, que é uma diretriz do ministério das Cidades. Itajaí não criou o ConCidade. Nós temos um conselho que diz que vai discutir o Plano Diretor, mas ele não é deliberativo. E ele não é paritário também. Ele é tendencioso. A formatação desse conselho, a configuração desse conselho, é totalmente dirigida aos interesses do administrador municipal. Em Itajaí, aliás, é uma prática comum essa coisa da influência político-partidária nas políticas públicas, infelizmente. Nós não temos políticas de estado, nós temos políticas de partidos. E isso é um grande erro que a sociedade itajaiense aceita, aceita passivamente. O Plano Diretor não pode ser um plano que atenda, vou usar um jargão, até puxadinhos, que atenda puxadinhos, que resolva problemas emergenciais. O Plano Diretor versa sobre todo o uso e ocupação do solo na cidade. É claro que tem que haver crescimento, tem que haver interação, mas também tem que respeitar aquilo que já estabelece. O Plano Diretor da cidade, se quer fazer uma revisão do Plano Diretor de Itajaí, nós temos que fazer essa questão passar por uma discussão séria com todos os atores da sociedade. Discutir caso a caso, o que é melhor para a cidade e não apenas o que é melhor para o interesse dos especuladores.

Osvaldo Mafra: Isso é uma vergonha! Nós estamos há 16 anos sem fazer a revisão do Plano Diretor. A Constituição manda fazer de 10 em 10 anos. Infelizmente, o governo atual e o governo anterior foram omissos. Uma coisa tão importante pro desenvolvimento sustentável da cidade, que é o Plano Diretor. Também não tem um código de construção civil. Isso é uma vergonha, isso é uma irresponsabilidade. Um governo que não dá olhos, não dá atenção a esse tipo de situações, que norteiam toda a infraestrutura da cidade. Não é só esse governo, os dois governos são irresponsáveis. Nós vamos consultar imediatamente. Nós vamos botar em prática a construção de um Plano Diretor. Precisamos fazer a nossa economia crescer. A construção civil é um ramo muito importante. Nós temos que conversar com a sociedade para que a gente consiga achar um denominador onde tenhamos uma economia sustentável, onde os prédios que aqui são feitos sejam ecologicamente corretos, onde a gente tenha oportunidade de captar água da chuva, onde a gente faça a luminosidade entrar mais nos apartamentos. Algo diferente na nossa cidade.

Patrick Dauer: Já faz quase 17 anos que o Plano Diretor está sem essa alteração. Nós, com certeza, já nos primeiros meses do ano, vamos começar a fazer audiências públicas com toda a população. Porque é essencial fazer as mudanças necessárias para o Plano Diretor. Nós vamos trabalhar com preservação do meio ambiente. Nós não queremos que Itajaí cresça do jeito errado. Nós queremos que Itajaí cresça do jeito certo. Nós tivemos, na semana passada, aqui no bairro Fazenda, próximo de você, na bica. Ali é um local que até hoje nunca fizeram nada para proteger aquela região. Inclusive ali tem no Plano Diretor atual a permissão à verticalização. Nós queremos tirar toda a verticalização daquela área ao redor da bica e fazer um parque ambiental, cuidar do patrimônio histórico. Nós vamos realmente trabalhar em cima do desenvolvimento da cidade com verticalização, mas verticalização no lugar certo.

DIARINHO – Há quase duas décadas a via expressa portuária é promessa de campanha jamais concluída. O esgotamento do trânsito nas proximidades do terminal evidencia um revés: apesar de proporcionar riqueza econômica a Itajaí, o porto cobra um preço alto na qualidade de vida. Qual a sua proposta?

João Vecchi: O porto tem, esse ano, um orçamento previsto de R$ 160 milhões. Segundo as estatísticas, 60%, 70% da economia de Itajaí é o dinheiro do porto. O porto é um grande indutor da nossa economia. Com relação a questão do sistema viário, de todos os impactos de vizinhança que o porto provoca, ele deve sim contribuir para amenizá-los. A via portuária é algo que não teria problema nenhum em o porto ajudar a construir e concluir. Mas, como eu disse, a raiz do problema da nossa cidade é o mau uso do dinheiro público. Pra você ter uma ideia, em 2018, nós quase atingimos o limite prudencial da folha. Agora a folha de pagamento deve estar em 44%, 45%, já chegamos a 48%, 49% do orçamento. Uma cidade que é o 10º arrecadador per capita do Brasil. Nós estamos entre as 10 maiores cidades arrecadadoras per capitas. Só que, infelizmente, nós já estamos gastando quase a metade com folha de pagamento. Por quê? Nós temos 600 cargos comissionados. Tem cargos aí que não têm razão nenhuma de existir. Se nós melhorarmos a gestão, a razão dos problemas da nossa cidade, nós vamos concluir a via portuária e vai servir muito aos itajaienses.

Osvaldo Mafra: É vergonhoso o que vem acontecendo com a nossa cidade no tocante a via portuária. É dinheiro jogado fora. Pode lá ver a deterioração que está a estrada que já fizeram, caindo na beirada do rio. Nós temos uma proposta que vai resolver de vez essa acentuação do trânsito de carretas e contêineres. A nossa proposta é fazer um terminal alfandegado próximo a ponte de Salseiros. Onde você pode fazer esse terminal e todos os terminais comerciais mandam pra lá e a gente transporta, via barcaças,  do terminal até o porto. Com quatro barcaças circulando no rio Itajaí-Açu. Nós vamos transportar conteinêres com segurança, com qualidade de vida para as pessoas. Nós vamos aumentar o fluxo de carga no nosso porto e atrair negócios pra cidade. Nós vamos resolver esse problema com o transporte via Itajaí-Açu. 

Patrick Dauer: Nós queremos finalizar de uma vez a via expressa portuária. Infelizmente, o projeto já começou errado, é do lado do rio retificado, já tem várias partes dessa via expressa portuária desmoronando. A nossa ideia é reavaliar se vale a pena arrumar ou trabalhar numa outra rota para que os caminhoneiros possam chegar até um terreno, que seria um extensão do porto, próximo da BR-101, próximo da ponte. Um  outro terminal do porto e a gente não invadiria o centro. Os caminhões iriam circular mais próximos da marginal ou da BR-101. Levariam o contêiner até lá, e dessa outra extensão do porto seriam levados, de balsa, ao porto da cidade.

DIARINHO – Tem-se discutido a privatização total do terminal portuário. O contrato de arrendamento da APM está chegando ao fim e o ano de 2021 será de definições. Qual a sua proposta?

João Vecchi: Da mesma forma que me causa estranheza que a sociedade itajaiense não se mobilize  contra o mau uso do dinheiro público, cooptação de pessoas, cargos comissionados, alugueis... Com relação ao porto de Itajaí também é outra questão que me estranha a sociedade não estar mobilizada. Se nós temos um negócio que é superavitário, que é indutor da nossa economia, nosso porto tem uma característica diferenciada dos demais. Ele foi um porto que nasceu na cidade, a cidade nasceu em torno do porto. Ele está numa região estratégica, uma região central, que tem todos os impactos. E, inclusive, a atividade fim do porto não pode mudar. Já tivemos tentativas de terminal de combustíveis, de terminais graneleiros... Está no meu programa de governo que nós continuemos com o porto público. A operação hoje já é terceirizada, já é privatizada. Esse é um modelo que tem dado certo. O governo federal precisa entender. Só que a sociedade também tem que se mobilizar para que esse porto continue do jeito que ele está.

Osvaldo Mafra: Não passa pelo poder público municipal a privatização ou não, passa pelo governo federal. Essa discussão tem que estar dentro da comunidade portuária fervilhando. Até pra apresentar uma proposta. Não fazer negociata como a gente tem ouvido falar. Que tem o terminal de Navegantes entrando no jogo, dentro da campanha política, com algum candidato que eu não sei quem é. Eu tô muito preocupado com isso. Nós temos que fazer com responsabilidade. Se o governo federal quer privatizar, vamos fazer isso da melhor forma e, principalmente, fazer com que a cidade de Itajaí cresça ainda mais, que o porto exporte e importe mais, que dê emprego pra nossa gente. Nós não vamos fazer negociata com ninguém. Nós não vamos privilegiar ninguém.

Patrick Dauer: Nós vamos trabalhar da maneira como está. É uma parte privada, uma parte pública. Nós vamos profissionalizar a área portuária, porque a gente sabe que existe ainda muita politicagem por trás. Nós queremos dar mais independência para o CAP [Conselho de Autoridade Portuária], para que ele mesmo possa escolher o superintendente, que seja uma pessoa realmente técnica. E todas as pessoas que trabalham dentro da área portuária, na parte de execução, tem que ser técnicas. Na verdade, a nossa intenção é até fazer com que essa parte seja terceirizada. A administração do porto seja terceirizada para que não aja nenhuma interferência política. Para que traga resultados para o município. Então o município continua sendo dono do porto, não seria privatizado. Mas a administração seria terceirizada para uma empresa que pudesse trazer resultados para o município.

DIARINHO – Há moradores aguardando cirurgias eletivas desde 2017; há esperas por consultas e exames também. A pandemia agravou esse quadro e não há perspectiva de solução rápida. Qual a sua proposta para a saúde pública de Itajaí?

João Vecchi: A origem do problema é a gestão. Pra se ter uma ideia, pasmem, o coordenador de unidade de saúde, hoje, é um cargo comissionado. Pegam pessoas que não são nem da rede de saúde e colocam lá pra trabalhar, para servir a um vereador, servir a um prefeito, servir a partido. E não uma política pública de continuidade, que dê continuidade às políticas públicas na saúde. Esse é o grave problema na saúde. Nós temos muitos prédios alugados na saúde. A imprensa tem divulgado, ex-vereador, ex-vereadora, tudo com casas alugadas pelo município. Inclusive prédios do município, prédios próprios não são utilizados. Como, por exemplo, ali no PAM, que era uma unidade, tinha trabalho da saúde. Hoje foi alugada uma casa próxima e aquela se deixou de lado. Fazendo essa economia eliminando alugueis, vai sobrar dinheiro para investir em contratação de mais profissionais da saúde. Ter a operação própria também no sentido dos exames. Hoje é tudo terceirizado Nós podermos investir nessa questão de melhorar os equipamentos da saúde, também a contratação de pessoas para reduzir essa demanda hoje retida de exames, de cirurgias etc.

Osvaldo Mafra: É uma vergonha o que vem acontecendo na saúde. Eu teria vergonha de dizer que eu sou médico e que entendo de saúde. Se eu sou médico e entendo de saúde, eu faço uma saúde de qualidade. Nós temos hoje uma demanda por especialistas, por consultas de especialistas. A cirurgias eletivas estão lá, chega gente com dois anos, três anos de espera pra fazer e não tem. Nós temos os exames com uma fila enorme. Nós vamos acabar com isso. Nós vamos fazer o aplicativo Saúde Já, nós vamos fazer a reforma administrativa que vai economizar cerca de R$ 50 milhões por ano. Esse dinheiro vai ser investido na saúde para contratação de médicos especialistas. Nós vamos consultar as pessoas via aplicativo. Nós vamos contratar quantos profissionais for possível. Nós vamos fazer um convênio maior com os nossos laboratórios. E temos uma solução também para fazer o CIS funcionar. Com ressonância magnética, com tomografia e também com raio-x de ponta.

Patrick Dauer: A saúde deve ser uma das prioridades, ainda mais em tempos de pandemia. A gente acredita que existem poucos investimentos na saúde. Nós vamos trabalhar com mais investimentos. A área de diagnóstico, hoje, é terceirizada. Eu fui empresário muito tempo e eu sei que vale a pena você terceirizar quando a demanda é pequena. Hoje o município tem uma demanda muito grande de diagnóstico, compensa o município ou ter o próprio equipamento ou fazer um comodato de um equipamento. O município vai ter mais agilidade na entrega dos diagnósticos e também vai ter menos custos. Porque vai diminuir os gastos e agilizar o processo. Outra coisa são as cirurgias, a gente sabe que tem uma fila grande, tem pessoas que chegam a morrer na fila e não fazem a cirurgia. O município vai investir mais recurso nessa área. Um dos nossos projetos também é fazer com que as UPAs e os CIS sejam pequenos hospitais, onde também tenham leitos.

DIARINHO – O transporte público é uma das principais queixas dos itajaienses. Faz três anos que o serviço é prestado através de um contrato emergencial e o edital para a nova concessão ainda não foi lançado. Qual a sua proposta pro transporte coletivo?

João Vecchi: O transporte público, quando existia ainda a Coletivo Itajaí, a cidade não desenvolvia políticas públicas de estímulo ao uso do transporte público. Itajaí perdeu essa dimensão. As pessoas começaram a resolver o seu problema através do transporte individual. E se faz rua, se amplia rua e cada vez mais o trânsito de veículos da cidade tá assoberbado. Nós queremos criar uma empresa pública municipal que vai fazer todo o gerenciamento do transporte público da cidade. Onde os ônibus serão contratados por quilômetro rodado. E vamos praticar uma tarifa bastante acessível e atraente para que as pessoas voltem a andar de ônibus. Quando a empresa Coletivo Itajaí deixou a operação, nós tínhamos apenas 180 mil pessoas circulando nos ônibus na cidade. Blumenau, uma cidade um pouquinho maior do que a nossa em número de habitantes, tinha 700 mil pessoas, naquela época, usando o transporte público. As pessoas têm que se deslocar novamente de ônibus em Itajaí. Mas isso só vai acontecer se tiver um sistema atraente. Que as pessoas se convençam pela praticidade, conforto e pelo baixo custo. E isso nós vamos implementar e as pessoas vão voltar a andar de ônibus, melhorando muito o trânsito nas nossas vias.

Osvaldo Mafra: O transporte público é dinheiro do cidadão, é constitucional. Infelizmente, estão tratando de uma forma, vamos dizer, desleixada. Nós fizemos agora uma reforma das vias de Itajaí e não tem um metro de corredor de ônibus. Nós não tratamos o transporte público com qualidade, com respeito ao cidadão. Nós vamos abrir uma licitação imediata. E em 10 anos, metade desses ônibus, terão que ser elétricos. Para a gente dar um transporte com sustentabilidade à cidade. Vamos fazer e exigir da empresa que ganhar essa licitação ônibus praticamente novos. Nosso cidadão se desiludiu com o transporte público. A maioria foi pra bicicleta, motozinha e assim por diante. Para se ter uma ideia, se transportam somente 100 mil pessoas, 200 mil pessoas por mês em Itajaí. Enquanto que uma Criciúma, que é do nosso tamanho, transporta um milhão. É o desalento que o povo tem com o transporte coletivo e emergencial. Essa má qualidade. Licitação imediata e com exigências claras. Sabemos que os ônibus elétricos são caros, mas são investimentos que no futuro darão lucratividade. Não vamos ter combustível fóssil sendo queimado, poluindo a cidade e gastando dinheiro. E o município tem a necessidade de dar subsídio. Não essa exorbitância de meio milhão que estão dando para uma empresa fazer um serviço meia boca de transporte coletivo.

Patrick Dauer: Nós vamos trabalhar em parcerias com as vans e os micro-ônibus, para fazer Itajaí gerar mais emprego e renda. Hoje uma das classes empresariais mais afetadas é a dos colégios particulares. E também dentro dessa cadeia produtiva o pessoal das vans, motoristas de vans e micro-ônibus. Nós queremos aproveitá-los pra que possam fazer o transporte hoje, tirando as pessoas da comunidade, levando até os terminais de ônibus. E nos terminais de ônibus, nós vamos ter ônibus com toda a infraestrutura. Ar condicionado, internet. Esses ônibus vão pegar do terminal, ônibus grandes, e vai até o centro da cidade. A nossa intenção é que esses ônibus sejam elétricos ou que tenham alguma coisa para poder preservar o meio ambiente. [Mas o itajaiense pagaria duas passagens?] Não, da van e micro-ônibus até o terminal é gratuito. Porque o município hoje já gasta com subsídio com os ônibus. Em vez de usar o subsídio pra pagar a empresa de ônibus, poderia dar subsídios para as vans e micro-ônibus.

DIARINHO – Os comerciantes da rua Hercílio Luz se queixam da perda de importância da via. Cobram soluções do poder público. Qual a sua proposta para a via de comércio mais tradicional de Itajaí?

João Vecchi:  O centro de Itajaí hoje está bastante defasado. A gente anda nos bairros, os bairros estão mais ocupados do que a região central. Como eu falei, eu quero criar o ConCidade. É um conselho que vai discutir as políticas públicas, a ocupação e uso do solo, a verticalização, o tipo de serviço que vai acontecer naqueles espaços. Junto com os moradores, junto com as associações de moradores, comerciantes da Hercílio Luz, junto com o CDL, com o sindicato dos contabilistas, junto com os comerciários, junto com associação empresarial, discutir o que é melhor para a Hercílio Luz. Através desse conselho, chamar todos os participantes, sentar, evidentemente que não vai ser um trabalho fácil, mas ali nós vamos decidir o que fazer com a Hercílio Luz. Projetar o futuro da Hercílio Luz. O tipo de construção, se vai ter habitação na Hercílio Luz, abrir para o trânsito, calçadão, enfim. Tudo que vai acontecer na Hercílio Luz vai ser discutido nesse ConCidade e vai dar os encaminhamentos para que a Hercílio Luz volte a ser a nossa Hercílio Luz dos anos 70 e 80, que era muito ocupada.

Osvaldo Mafra: Eu tenho falado com o pessoal do SindiLoja, nós vamos revigorar, vamos revitalizar a Hercílio Luz. Nós temos que ter coragem de mudar o foco de negócio. Nós precisamos fazer a nossa Hercílio Luz moderna. A nossa Hercílio Luz com restaurantes bons, com boutiques,  que atrai também o turista. Chega um navio de turismo, enche as vans e vão para outro lugar. Olham pra Hercílio Luz, é aquela Hercílio Luz arcaica, onde não tem vida, que não tem a menor condição de receber os turistas. O que que eu vou fazer na Hercílio Luz num domingo? É uma tristeza, dá dó da nossa Hercílio Luz. Eu vou revitalizar não só a Hercílio Luz, vou revitalizar o Mercado Público. Eu vou fazer a via gastronômica que passe em frente ao mercado. Eu vou fazer a arquitetura do mercado do peixe igual ao mercado público. Tirar aquela barraca horríve que espanta os nossos turistas ao invés de atrair.

Patrick Dauer: Nós vamos trabalhar em parceria com o comerciante. A gente sabe que o comerciante precisa do fortalecimento e da ajuda do poder público. Nós vamos criar no centro da cidade áreas que sejam áreas alemãs, italianas e portuguesas. Áreas temáticas da cidade. Itajaí é colonizada por portugueses, italianos e alemães. Nós vamos criar essas áreas no centro para atrair as pessoas com eventos culturais. Nós vamos criar vários palcos de shows dentro da área central, com shows permanentes durante o dia e a noite. Usando os nossos artistas locais, que também foi uma outra área muito afetada nessa pandemia, artistas e músicos locais.

DIARINHO – Itajaí adotou a pratica de contratar vagas em creches privadas para atender a fila de espera. A medida é imediatista e impede que o poder público decida sobre a infraestrutura, diretrizes de ensino, merenda, treinamento da equipe. Tudo passa a ser responsabilidade da iniciativa privada. Qual a sua proposta?

João Vecchi: O que está acontecendo em Itajaí é um descaso com a educação. Nós estamos retrocedendo na história. Os indicadores provam isso. O nosso último IDEB, agora nas séries finais, não alcançamos a meta. Itajaí com R$ 400 milhões, praticamente, de orçamento da educação. Em quatro anos, o atual prefeito fez apenas duas unidades infantis, concluiu duas unidades infantis que eram aquelas lá do governo federal, dos convênios. Itajaí está, diria uma palavra do português, tá com hiato muito grande na educação. Itajaí delegou uma política pública estratégica, de educação, à iniciativa privada. Isso é um precedente muito perigoso. Se não me falha a memória, temos 35 unidades infantis terceirizadas. Não se constrói uma escola nova, as salas de aulas estão abarrotadas. Primeiro acabar com os cargos comissionados na secretaria de Educação. Fazer concurso público para que a gestão da educação seja pensada independente do partido político. Isso é uma vergonha para nossa cidade. A cada quatro anos muda toda a secretaria de educação. Olha, as pessoas que pensam a educação dependem de cargo de comissão, dependem de indicação de vereador, indicação de político, isso não pode mais acontecer.

Osvaldo Mafra: Eu acho o modelo emergencial bom. Precisa botar as crianças imediatamente na creche, é necessário. Mas não podemos abandonar a prática de estar construindo novas creches. Porque o poder público de Itajaí, por tradição, tem uma creche muito boa para os filhos dos itajaienses. Nós estamos fazendo hoje uma terceirização que é inadequada. Passa R$ 800 para cada vaga na creche que se compra, e as creches têm dificuldade de manter essas crianças bem alimentadas, com uniforme, e ficam pedindo para os pais contribuir para que possa estar fazendo um trabalho melhor. Não é certo. Nós vamos continuar com esse sistema emergencial, mas vamos comprar a vaga da creche com valor justo,  para que a criança tenha uniforme, alimentação, material didático.

Patrick Dauer: Vamos manter a terceirização porque hoje para construir novos colégios o custo é muito alto. Até porque também é mais um setor, como eu já tinha falado anteriormente, que sofreu com a pandemia. A gente já resolve o problema de falta de vagas nas creches, e ajuda esses empresários. A intenção é a gente ampliar a quantidade de salas de aulas dentro das creches que já existem. Não alugar imóveis sem necessidade. 

DIARINHO – Os projetos para parques e espaços públicos de lazer continuam só no papel. Apesar de rica e próspera, a cidade não proporciona espaços públicos para convívio da comunidade. Qual sua proposta?

João Vecchi: Essa questão eu posso falar com bastante orgulho. Quando eu fui vereador, eu consegui uma emenda parlamentar em Brasília onde toda aquele espaço público de Cordeiros, o ginásio Jucílio Fernandes, eu fui o autor do projeto de lei. Toda aquela praça eu consegui através de uma emenda parlamentar. O ex-prefeito Jandir Bellini ficou 16 anos no poder não fez um ginásio de esporte. O atual prefeito, Volnei, agora nesses quatro anos também não fez nenhum. Nós precisamos pensar na cidade projetando áreas públicas. Eu também fui autor da ideia das academias nas praças, também tive essa feliz ideia. Foi a primeira cidade de Santa Catarina que teve as academias nas praças. Itajaí é uma cidade turística, plana, que tem mais de 200 mil habitantes e precisa de bons espaços públicos para que a população possa usufruir. fazer atividade física e ter qualidade de vida.

Osvaldo Mafra: Nós temos praças abandonadas. A noite fica à mercê da bandidagem, do consumo de droga. Nós temos que revitalizar essas praças, atrair as pessoas. Principalmente nesse momento difícil que a população tá passando economicamente. As pessoas não têm mais dinheiro para ir em parque, não tem dinheiro para ir em restaurante. Nós precisamos revitalizar. Nós temos um local que tem no lado da Marejada, ali do Centreventos, parado, não tem nada. Ali dá pra fazer um centro de entretenimento, um centro de lazer. E isso também tem que se expandir pros bairros.  Nós vamos fazer os centros de economia criativa. Esses centros vão estar funcionando nos bairros.   

Patrick Dauer: A gente sabe que foi investido um valor muito alto na praça da Igreja Matriz. Quase R$ 5 milhões, e poderiam ter sido usados 10% disso para revitalizar e não reconstruir do zero. Com esse valor poderíamos ter construído 10 praças. A nossa ideia é construir mais praças nos bairros, não só no centro. Criar equipamentos turísticos novos. Itajaí é uma cidade que tem um potencial turístico muito grande. Poderíamos criar um teleférico do parque da Atalaia até praia do Molhe. A gente sabe que tem ali o parque ecológico, várias praças que foram feitas no tempo do Arnaldo Schmitt e que não foram feitas as manutenções devidas. Nós vamos revitalizar essas praças e vamos criar uma praça grande.

DIARINHO - Os índices da covid voltaram a preocupar. Até que uma vacina proporcione imunização em massa, a pandemia será uma ameaça real. Qual a sua proposta para proteger os itajaienses?

João Vecchi:  Itajaí já fez várias tentativas de diminuir a contaminação. Algumas inclusive esdrúxulas, que viraram chacota nacional, não respeitando os protocolos do ministério da Saúde e não respeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde. A nossa taxa de letalidade da covid é acima da média catarinense. Nós poderíamos ser bem mais eficientes, mas infelizmente se usa muito de empirismo no tratamento da covid em Itajaí. Eu quero usar todos os protocolos e as orientações da OMS, do Ministério da Saúde, e aí sim nós podemos tratar com responsabilidade a questão do covid. No momento, infelizmente, nós estamos usando aí placebos, numa linguagem da medicina. Estamos enganando a população com falsas promessas de cura e de proteção. Por isso que eu defendo a ciência e vou aplicar os protocolos da ciência no enfretamento do covid.

Osvaldo Mafra: Nós temos aí duas situações, ou protege a população, fazendo lockdown ou coisa parecida, e quebra a economia. Ou a gente dá uma flexibilizada. O que que a gente precisa? Obedecer aos protocolos da OMS, mas não inventar moda como aqui em Itajaí inventaram. Com ivermectina, com ozônio na bunda dos outros, uma série de coisas. Um governo tem que ser propositivo. Agora tem técnicos que orientam para que isso aconteça. E a OMS tem trabalhado muito. Nós precisamos conscientizar a nossa população que essa coisa mata, que essa coisa já matou muita gente e é perigosa. Onde tiver aglomeração, como está acontecendo agora, fazendo bailes, fazendo eventos. Levar o governo lá, a secretaria da Saúde tem que ir com microfones e dizer: vocês estão se expondo, vocês podem pegar o covid e morrer. Há necessidade de conscientizar.

Patrick Dauer:  Nós não vamos ser tão radicais quanto o prefeito atual foi. Também não vamos ser tão liberais quanto outros governos foram. Nós vamos trabalhar com todo cuidado necessário. Distanciamento e o que for necessário.  E também investir para realmente não haver nenhum colapso na saúde.

DIARINHO – O senhor foi vereador atuante por duas legislaturas e chegou a ser o presidente da câmara de vereadores pelo PT. Se afastou da atividade política por anos alegando decepção e está voltando à cena numa eleição difícil, em que os catarinenses tem se alinhado com discursos mais conservadores. Não teme uma rejeição nas urnas?

João Vecchi: A rejeição nas urnas eu só vou poder comprovar no dia da eleição. Mas tenho saído nas ruas de Itajaí, todos os bairros praticamente já estive. Tenho caminhado muito. E a receptividade é muito boa. Porque o meu nome é um nome bom. Eu, como você disse, fui vereador por dois mandatos, não tenho nada que desabone a minha conduta. Inclusive como presidente da Câmara fui exemplar na questão do gasto da Câmara. Eu gastava 1,6% do orçamento quando fui presidente da câmara. Em valores atuais, eu economizei 160 milhões, 80 milhões por ano para o município. E na época a gente reverteu em muitas obras, principalmente obras em praças públicas, quadras e outros equipamentos como pista de skate, bike, enfim. Eu trabalhei muito nessa questão. Essa questão do meu nome, ele é muito bem aceito e tô buscando essa confirmação na sociedade itajaiense. Por isso que eu ando de cabeça erguida e não tenho nenhum problema com relação a isso. E sou totalmente responsável e assumo todos os meus atos.

DIARINHO – O senhor tem trajetória ligada aos movimentos sindicais que justamente têm perdido protagonismo no Brasil pós era PT. Com esse discurso de sindicalista não teme assustar os itajaienses que se dizem sedentos por novas posturas na política?

Osvaldo Mafra:  Eu sou um sindicalista conciliador. Eu tenho isso como prática. Eu sou representante em Santa Catarina, e no Brasil, dos trabalhadores no Senai. Por essa forma de conciliar. Eu trago as necessidades dos trabalhadores e as possibilidades do empresário. Nós sempre trazemos a convergência nos nossos acordos. E nós fizemos a economia crescer. Inclusive crescer mais postos de trabalho. Por quê? Nós precisamos ter a capacidade de ver o que é bom para os dois lados. E isso a gente tem trabalhado muito. Eu tenho amizade grande com o presidente da Fiesc, que é o Mario Aguiar. Eu tenho amizade com muitos empresários.  Nós buscamos solução, nós não fazemos uma política sindical de divergência, de rompimento. Se eu quero uma economia boa, eu quero meu povo trabalhando, eu busco esse trabalho, eu busco essa convergência pra gente fazer o melhor sindicalismo. É uma pena que o sindicalismo caiu nessa situação. Mas a culpa não é só de governos não, a culpa é do próprio sindicalista que se acomodou, não saiu do seu sindicato, fica rasgando a cadeira com a bunda e não fica representando os seus trabalhadores. Eu não. Eu saio na rua, não fico dentro dos sindicatos, dentro dos escritórios fazendo aquilo que não devia. Eu faço trabalho. E pode ter certeza, nós vamos fazer muito mais por Itajaí.

 

DIARINHO – O senhor adotou a postura de ataque aos adversários dizendo que é o único que realmente representa novidade entre os candidatos à majoritária. Dizem, contudo, que o senhor fez um grande esforço para compor uma chapa com seus atuais opositores. Porque o senhor se anuncia como “diferente” dos demais?

Patrick Dauer: A nossa ideia no começo era fazer uma parceria entre o nosso partido Avante, com o Podemos, junto ali com o Angioletti e com o Adão Bittencourt. Porque tanto o Angioletti quanto o Adão Bittencourt tinham a mesma visão. A visão de direita e uma visão conservadora dentro da política de Itajaí. Até no começo a ideia é a que não teríamos recurso, nós não iriamos usar o recurso. Porque a gente queria fazer uma política diferente de todo mundo. E aí no final a Ana Carolina acabou desistindo e nos chamaram para uma reunião para poder apoiar o grupo do Robison. Eu fui o único que não quis apoiar o grupo do Robison. O Angioletti e o Adão abriram mão para poder apoiar porque eles acreditaram que para poder tirar o prefeito atual precisaria de dinheiro. Inclusive o próprio Angioletti, na página dele, na internet, ele diz que por questões de matemática ele resolveu apoiar o Robison. Nós não concordamos, por isso que a gente acabou não vindo pra essa coligação. A gente preferiu vir sozinho, sem coligação, porque nós sabemos que uma coligação sempre tem muitos interesses por trás. Inclusive ofereceram, na mesma reunião, cargos pra gente.

 

 

 

 

 

 

 




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