O irmão de Sandra, Carlos Roberto Patissi, também teve a prisão decretada pela justiça, mas está foragido. A polícia Civil cumpriu outros 19 mandados de busca e apreensão. Em uma casa do casal foram apreendidos 400 mil dólares e mais uma quantia em reais. O trio responde por organização criminosa, lavagem de dinheiro e ocultação de capitais. O casal teve R$ 14 milhões em bens imóveis sequestrados pela justiça.
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Segundo o delegado Rodrigo Duarte, foram nove meses de investigação, que iniciaram após a apreensão de duas toneladas de maconha, em setembro do ano passado, em Barra Velha e em um sítio de Piçarras.
Sandra seria a responsável por lavar o dinheiro do tráfico de drogas, fazendo a compra de imóveis para a quadrilha.
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Com a autorização da justiça, os policiais cumpriram as ordens judiciais. A polícia encontrou R$ 50 mil com Sandra no bairro Ressacada. Já a maior parte da grana, os 400 mil dólares, estavam escondidos em armários e numa cama de um imóvel em Penha.
A polícia ainda conseguiu o sequestro de 22 imóveis nas cidades de Imbituba, Barra Velha, Piçarras, Navegantes, Itajaí, Penha, cinco veículos de luxo e vários relógios e joias. A polícia também apreendeu uma pistola calibre 380.
Patissi, irmão de Sandra e conhecido traficante de Itajaí da década de 90, continua foragido. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele, deve acionar a polícia Civil através do 181. O delegado Rodrigo terá o prazo de 30 dias para concluir as investigações.
Segundo a polícia Civil, Sandra estava gastando o dinheiro do tráfico de drogas na campanha, mas o delegado não informou como os valores eram utilizados pela candidata a vereadora. “Nunca o foco da investigação foi político. A gente descobriu a participação de Sandra como traficante muito antes de a gente ter ciência de que ela viria a ser candidata a vereadora na cidade de Itajaí”, explicou na coletiva à imprensa.
Ex-funcionários da prefeitura
O marido de Sandra, conhecido como Andrezão, já foi preso pela polícia Federal de Itajaí e tem três condenações por tráfico de drogas na justiça. As condenações são de 2007, 2011 e 2013. “Ele tem prisões desde a década de 90 por tráfico de drogas e outros crimes graves”, informou o delegado.
O filho de Andrezão, André Luiz Miranda do Nascimento Junior, também foi preso e condenado por tráfico de drogas. Ele chegou a ser funcionário comissionado da prefeitura de Itajaí, por apenas um mês, no início de 2017.
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Já André pai já teve dois cargos de confiança na prefeitura de Itajaí. Foi assessor da fundação de esportes, de janeiro a abril de 2017, e depois de janeiro a março de 2019. Sandra também teve um cargo comissionado na prefeitura de Itajaí: de março de 2017 a janeiro de 2019, exercendo a função de gerente na secretaria de governo. Ela recebia um salário de R$ 6 mil.
No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sandra aparece como empresária, casada e com limite de gastos de campanha em até R$ 113 mil. Ela faz campanha como a “Sandra do parque das Palmeiras”.
Em seu material de campanha, Sandra diz que cresceu em uma família humilde, com poucos recursos financeiros, mas com abundância de valores éticos e morais. Também diz que ficou conhecida como “Sandra do Parque das Palmeiras” após comprar um sítio no bairro Brilhante. Lá ela e André começaram a fazer eventos supostamente beneficentes.
Volnei teve agenda com candidata
Ontem, nas redes sociais, circularam fotos de Sandra, que faz parte da coligação Avança Itajaí. Numa das imagens, ela aparece com o marido Andrezão e o prefeito Volnei Morastoni. Como todos estão de máscaras, as fotos sugerem que são atuais. Montagens foram feitas usando a foto e o logotipo do DIARINHO, como se o jornal tivesse publicado a foto em suas páginas. Mas essa publicação é fake.
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Segundo a assessoria do prefeito Volnei, a foto foi tirada em uma reunião política com a comunidade de Cordeiros, no mês de outubro. “O candidato a prefeito participa de reuniões com todos os candidatos da coligação que solicitam agendas à majoritária para falar com a população. Esta foi uma das várias agendas que o prefeito faz todos os dias”, informou a assessoria.
A assessoria justificou que o prefeito não tem como controlar ou investigar a vida pessoal de todos os candidatos da coligação. Já sobre a nomeação de André como funcionário comissionado em 2019, e já condenado por tráfico de drogas, a procuradoria do município não respondeu o questionamento da reportagem até o fechamento desta edição.
