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A maioria dos deputados federais e senadores nem se preocupou em explicar a relevância das emendas que apresentam e trazem recursos para estados e municípios e preferiram ceder à pressão pela manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro. E acreditem, acertaram em cheio, em um ambiente de necessidade de recursos e aperto do cinto, optaram pela divisão da responsabilidade de governar, que não pode ser jogada somente nas costas do chefe do Executivo.
Dar ao relator do orçamento da União o direito de legislar sobre R$ 30 bilhões de emendas impositivas, aquelas apresentadas por bancadas, blocos parlamentares e individualmente, seria uma temeridade se o esforço é melhorar o serviço público.
As manifestações programadas país afora para dia 15 de março alcançaram o objetivo de travar o que se chamava de “Parlamentarismo Orçamentário”, uma vitória de Bolsonaro, beneficiada por um ano eleitoral onde aliados do presidente e quem está preocupado com o que virá das urnas influenciaram na decisão do Congresso.
COM BOLSONARO EM BRASÍLIA
O ambiente foi a posse da atriz Regina Duarte na secretaria Especial da Cultura e os deputados estaduais Felipe Estevão e Ana Caroline Campagnolo e o deputado federal Daniel Freitas, todos do PSL, foram recebidos depois do evento pelo presidente Jair Bolsonaro. Falaram sobre cenário no Estado, da economia à gestão estadual, passando pelo quadro político-ideológico, o que deve ter feito as orelhas do governador Carlos Moisés esquentarem. O pano de fundo da visita foi dar apoio a Freitas, que busca trazer para Santa Catarina os investimentos da Tesla, montadora de carros elétricos, que será tema de uma missão aos Estados Unidos, e recebeu o apoio de Estevão e Campagnolo. Algo muito mais produtivo do que a questionável participação do humorista Márvio Lúcio, conhecido como Carioca, que trocou brincadeiras com o presidente para não ter respondidas as perguntas sobre o PIB de 1,1%, em 2019.
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Não evoluiu
Mesmo que o governo do Estado tenha esticado o prazo para a Aprasc responder à contraproposta sobre reposição salarial e outros itens para segunda-feira que vem, a Aprasc cumpriu o que havia sido acertado antes. Não aceitou os itens relativos a reajuste de 17%, mantém o pedido de 22%, mas concorda em retomar as negociações, embora o secretário Jorge Eduardo Tasca (Administração), tenha assegurado que o governo chegou ao limite. O impasse é preocupante.
Bastidor 1
Uma reunião que começou depois das 18h na terça (3), que reuniu a bancada do MDB, sacramentou a ausência da maioria dos deputados no jantar na Casa d’Agronômica com o governador Carlos Moisés, que ocorreu pouco tempo depois. As cobranças da base, principalmente sobre os problemas de repasse aos hospitais filantrópicos e a falta de uma resposta do governo, levaram à ausência.
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Bastidor 2
Teve deputado que foi voto vencido na reunião da bancada emedebista que sugeriu que a resposta ao não atendimento pelo governo deveria ser dada no voto, em plenário. A proposta acabou rejeitada por ampla maioria, mas sinaliza que os ânimos não estão nada calmos.
Não acabou
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Só dois candidatos vão disputar o cargo de diretor Comercial da Celesc em uma eleição com jeito de plebiscito, depois de uma escolha que não teve o resultado homologado por falta de quórum. De um lado Cláudio Varella do Nascimento, que chegou a ter o nome impugnado em uma das disputas anteriores por ter sido delegado do PSD, venceu a disputa e não levou, que é apoiado pelo atual presidente da estatal, Cleicio Poleto Martins, e de outro o engenheiro e funcionário de carreira Vitor Guimarães, que tem a simpatia dos funcionários e enfrentará um adversário com muito apoio político externo à empresa.
Reverteu
A Procuradoria Geral do Estado derrubou, no Tribunal de Justiça, a liminar que impedia a transferência da sede do Detran do bairro Estreito para Coqueiros, em Florianópolis, ao alegar que apenas o interesse do atual dono do imóvel foi levado em consideração, argumento acatado pelo desembargador Rodolfo Tridapalli. O negócio é amplamente favorável ao governo catarinense, que trocará uma área, em um galpão adaptado, de 6858 metros quadrados, a um custo mensal de R$ 185,4 mil por mês, por outra, mais moderna, de 9.213 metros quadrados, com aluguel de R$ 159 mil.
Pito
Recém-chegada ao plenário, a deputada Anna Carolina (PSDB) subiu à tribuna da Assembleia, nesta quarta (4), no horário das explicações pessoais, para defender o governador, depois de uma participação do deputado Ivan Naatz (PL) que perguntava o “que Moisés tem contra Itajaí”, ao ressaltar a dificuldade de se encontrar com o chefe do Executivo, e usava o exemplo do prefeito Volnei Morastoni (MDB), de Itajaí. A parlamentar afirmou que ela consegue falar com Moisés, que foi à Casa d’Agronômica para ouvi-lo, e que se o deputado Naatz, procurado por Morastoni para acertar a conversa, tiver dificuldade, talvez seja por falta “de jeito ou de educação”, e pediu para Morastoni procurá-la, assim como ao deputado Coronel Onir Mocellin (PSL), que estava no gabinete o dia todo e não recebeu visita do prefeito.
A bronca
Morastoni veio a Naatz, e não a Anna Carolina e Mocellin, porque reclama da falta de atendimento das demandas pelo governador e aponta o IMA como responsável por retardar projetos em Itajaí. Um dos problemas está no setor pesqueiro, que carece de agilização de licenciamentos ambientais.
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