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“Esta não foi uma guerra de rico contra pobre, ou empresário contra ambulantes, no final quem ganhou foi a própria cidade”, defende o dono da Bella Hamburgueria, Gleidson Silvério.

“Esta não foi uma guerra de rico contra pobre, ou empresário contra ambulantes, no final quem ganhou foi a própria cidade”, defende o dono da Bella Hamburgueria, Gleidson Silvério.

Primeiro foram votadas as emendas. A primeira, que impedia bares e restaurantes de vender bebidas foi rejeitada. Os empresários também conseguiram que fosse rejeitada a emenda que proibia a subcontratação, ou seja, a contratação de garçons freelancers para atender os clientes na areia e fazer os pedidos nos restaurantes.

Vereador quiosqueiro

Às 21h30, o plenário foi surpreendido com a informação de que o vereador Elizeu Pereira (MDB), possui dois quiosques na orla, o que é ilegal. Por esta razão, ele foi impedido de votar pelo jurídico da câmara. Os quiosques estão em nome de Neide Regina Lana Pereira, irmã do vereador (Ponto 80), e Elias Pereira (Ponto 81). Arlindo da Cruz (MDB) também não votou porque tem filhos que têm restaurantes na orla.

Já passava das 22h quando uma declaração do vereador Moacir Schmidt (PSDB) provocou novo alvoroço. Ele disse que recebeu dinheiro de um dono de restaurante em troca do seu voto.

O primeiro secretário Pedro Fracez disse que era uma denúncia grave, mas o vereador Lucas Gotardo (PSB) desmentiu o colega. Depois, Moacir disse que não foi bem assim e a sessão continuou.

Nilson Probst (MDB) se absteve de votar. E Juliethe Nitz (PR) disse que foi ameaçada por um dos representantes dos ambulantes.

Pressão

O presidente da associação de Mini Churros, Jeremias Correa, 52 anos, trabalha na Praia Central há 20 anos. Até às 20h, ele ainda tinha esperança de que a maré pudesse mudar, mas se a lei fosse aprovada, eles prometiam reações.

“A associação contratou uma advogada para diminuir o impacto para os ambulantes, como impedir os restaurantes e bares de colocarem mesas e cadeiras e não vender o mesmo tipo de comida que nós”, contou.

Ele contou que membros das quatro associações de trabalhadores foram à câmara de Balneário fazer pressão, mas apenas 50 puderam entrar através de senhas distribuídas pelos bombeiros.

Para evitar perrengues maiores, como rolou na última sessão, quando o presidente da casa nem colocou a pauta em votação, a polícia pediu a ambos os lados que não perdessem a calma para que a votação fosse realizada