Itajaí
Ex-atleta e federação repudiam denúncias envolvendo professores de Judô em Itajaí
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O ex-atleta e tri-campeão Panamericano de Judô, Fabiano Zamboneti, 39 anos, morador de Itajaí, ficou sabendo hoje dos trotes e denúncias de assédios sexuais que teriam acontecido durante a 17ª Olímpiada Estudantil Catarinense (Olesc), no ano passado, em Rio do Sul. Fabiano não faz mais parte da fundação Municipal de Esporte (Fmel) desde dezembro de 2016 e lamenta que a modalidade, que já trouxe tantas alegrias pra Itajaí, seja manchada com denúncias como as feitas pela médica F.L., 45, anos, mãe de um judoca de 15 anos. A Federação Catarinense de Judô também informou, em nota, que acompanhará as denúncias. A médica diz que o filho sofreu trote, recebeu uma "linguada" na orelha e frases engraçadinhas de professores em outubro de 2017, durante a Olesc, em Rio do Sul. Ela registrou o caso na delegacia e espera que os professores da Fmel sejam afastados da equipe de judô. A fundação do Esportes informou ao DIARINHO que um dos professores já foi afastado e todos estão respondendo inquéritos administrativos. A denúncia foi publicada no DIARINHO de hoje e desde cedo Zambonetti recebe ligações de pais e conhecidos repercutindo o assunto e questionando quem são os envolvidos. “Quero deixar claro que eu não estava na Olesc e não tenho nada haver com essas denúncias. Não estou a frente do judô da Fmel desde o final de dezembro de 2016”, informou. Fabiano explica que as denúncias são graves e cabe a todos os denunciados o direito de defesa. “Não é bom para a imagem do esporte, mas o judô de Itajaí tem tradição e não perderá o brilho pelo erro de algumas pessoas. Sei que os fatos que vieram à tona precisam ser investigados”, disse Zamboneti. Fabiano trabalha há 35 anos com judô em Itajaí, além de representar a cidade por vários anos e ser reserva da equipe olímpica brasileira de Atenas, em 2004, ele mantém uma academia na cidade e em março deste ano foi chamado para assumir novamente a equipe do judô feminino que vai disputar os Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). Federação acompanha denúncias A Federação Catarinense de Judô (FCJ) também divulgou uma nota hoje informando que irá acompanhar as denúncias feitas ao DIARINHO. Confira a nota abaixo: NOTA DE ESCLARECIMENTO A Federação Catarinense de Judô (FCJ) acompanha com atenção as investigações sobre a denúncia de suposto assédio divulgadas envolvendo três professores de Itajaí, divulgadas nesta quinta-feira (21) pelo jornal DIARINHO, de Itajaí, Santa Catarina. A entidade repudia os fatos narrados e reitera que todo e qualquer tipo de abuso são absolutamente inaceitáveis, seja físico, sexual ou psicológico contra atletas, pais e técnicos e principalmente menores de idade. Tais práticas ferem os princípios do judô, esporte fundamentado no respeito, na ética e na educação. Em um momento em que se discute a importância do esporte nacional no escopo das prioridades do governo federal, a FCJ lamenta o ocorrido e se compromete a tomar todas as medidas necessárias. Informamos ainda o afastamento imediato dos envolvidos de suas atividades bem como a instauração de inquérito administrativo para apurar o caso, e que aguarde oportunas decisões do poder judiciário e Ministério Público de Santa Catarina. A Federação Catarinense de Judô, na pessoa do seu presidente professor Moises Gonzaga Penso, solidariza-se com a família do menor envolvido e reafirma o compromisso com veemência de combater qualquer tipo de abuso no judô catarinense.