Itajaí
Obras do deque de Navega estão erradas
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
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Um parecer técnico, contratado pela comissão do Meio Ambiente da OAB de Navegantes, afirma que as obras realizadas pela prefeitura para a recuperação da praia do Gravatá, destruída pelas ressacas do mar, estão erradas. O laudo aponta a necessidade de um projeto eficaz e critica as soluções paliativas feitas atualmente, como a colocação de pedras. O documento foi encaminhado aos ministérios Público Estadual e Federal e já está com o procurador federal Andrei Mattiuzi Balvedi. O laudo, assinado pelo engenheiro agrônomo João Paulo Gaya, afirma que a reconstrução do deque na orla da praia não terá eficácia e é considerado pelos técnicos um desperdício de dinheiro público. Além disso, a colocação de pedras de forma paliativa também é um erro. “Faz-se necessária urgentemente a elaboração de um projeto efetivo de recuperação, evitando-se ao máximo a adoção de medidas paliativas, como é o caso do enrocamento”, escreveu. O parecer sugere a elaboração de um projeto que prevê a instalação de molhes, engordamento da faixa de areia, isolamento de área, plantio de mudas de espécies nativas, instalação de dunas embrionárias, realocação do deque, instalação de passarelas, alteração do sistema viário e suspensão temporária de permissões para construção de novos edifícios. O que diz a prefeitura Cláudia Angioletti Gabriel, superintendente da fundação do Meio Ambiente de Navegantes (Fuman), explica que a colocação de pedras foi uma medida urgente encontrada pela prefeitura para evitar que a passarela e a avenida Prefeito Cirino Adolfo Cabral ruíssem. “As pedras são paliativas, não queremos que vire um costão. A nossa ideia é fazer a recuperação da restinga, que é a única forma de evitar a destruição da área”, diz. A construção de molhe e engordamento da faixa de areia também estão no projeto, afirma.