Famílias que tem frequentado a praça Genésio Miranda Lins e a avenida Victor Konder, a Beira-rio, em Itajaí, durante os fins de semana, têm se queixado da presença de muitos vendedores ambulantes.“A Beira-rio está virando terra de ninguém. Várias pessoas explorando comercialmente sem controle e sem fiscalização”, reclama uma moradora.
Na avenida já tem barraquinhas de tapioca, pastel, cachorro-quente, churros, caldo de cana e pipoca, entre outros lanches. O questionamento é se todos estão regulamentados e dentro das normas sanitárias ...
Na avenida já tem barraquinhas de tapioca, pastel, cachorro-quente, churros, caldo de cana e pipoca, entre outros lanches. O questionamento é se todos estão regulamentados e dentro das normas sanitárias. “O local é público e precisa de controle e fiscalização”, acrescenta a denunciante.
Outros vendedores ocupam o entorno da praça e acabando atrapalhando a passagem dos pedestres e ciclistas. Tem vendedores que colocam produtos, como camisetas, calçados e artigos de artesanato, em cima dos gramados e das calçadas.
Há ocasiões que também aparecem vendedores de cidades vizinhas, diz o denunciante.
Vão fiscalizar
O secretário de Urbanismo, Rodrigo Lamim, diz que os food trucks que vendem lanches e bebidas são autorizados pela prefeitura a partir da liberação de alvará, considerando que os estabelecimentos são de utilidade pública.
Os comerciantes precisam cumprir critérios fiscais e sanitários para ganhar as licenças.
Conforme Lamim, a equipe de fiscalização monitora a situação e também conta com a ajuda dos vendedores legalizados para denunciar quem aparece no local para trabalhar clandestinamente.
O secretário informa que tem aparecido gente que não tem liberação. O problema seria principalmente com vendedores de artesanato que acabam ocupando os passeios e os gramados.
Esses vendedores, segundo Lamim, tão sendo orientados a se regularizar, fazendo o pedido de licença na prefa.
A secretaria também pretender buscar uma solução em parceira com a associação dos artesãos. “Precisamos regulamentar isso. Por enquanto, estamos orientando a sair”, diz.
Ele conta que o foco são orientações, embora não descarte medidas mais rigorosas, como apreensões e operações em conjunto com a polícia Militar.“Ações mais ostensivas são complicadas porque o espaço é bastante frequentado. A gente quer evitar isso”, explica.
Flanelinhas ameaçam motoristas
Os “guardadores de carros” têm exigido dinheiro do pessoal que estaciona e feito ameaças quando não recebem grana, assegura uma outra reclamação de um frequentador.
O bancário E. T. J., 35 anos, é um dos que já foi intimidado pelos caras. Ele conta que quando estacionou o carro não tinha ninguém no local. Na volta, após sair de um restaurante com a família, E. viu um flanelinha correndo até o veículo. “O cara bateu no capô do carro e ameaçou”, relata, lembrando que teve que sair corrido do lugar.
Um pouco antes, E. também já tinha visto a ação dos “guardadores” contra outro motorista. O cara deu umas porradas na janela do veículo. “Tá sendo uma obrigação fazer o pagamento”, reclama, denunciando a falta de fiscalização contra os abusados.
A Codetran informou que a questão é caso de polícia, e não dos agentes de trânsito. Reconhecendo o problema, o secretário de Urbanismo Rodrigo Lamim orienta que os motoristas chamem a polícia e registrem boletim de ocorrência quando acontecerem as ameaças.
O secretário adiantou que, quando a Guarda Municipal estiver atuando, deverá ser um reforço contra as ações abusivas dos flanelinhas. ão respondeu os questionamentos do DIARINHO até o fechamento desta matéria.