Itajaí
ONG tá tendo gastos extras com animais atropelados
A reclamação é que o povão atropela os bichos e vai embora. Os animais são levados pra ONG que acaba tendo que arcar com os custos com medicamentos, exames, cirurgias e veterinários.
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Só no mês de agosto, a ONG Viva Bicho, de Balneário Camboriú, recebeu 15 animais atropelados. A presidente da entidade, Pâmela Israelson, comenta que o número subiu muito e pede que a população se conscientize e preste socorro aos bichinhos. A ONG está tendo que pagar os gastos com custos com medicamentos, exames, cirurgias e veterinários. Segudo Pâmela, há uma estimativa de três atropelamentos por semana, 15 casos no total. “É muito, e tudo sem socorro. A pessoa atropela e vai embora. Tem que socorrer. É uma vida, mas as pessoas não fazem isso”, comenta. Quando moradores veem o animal atropelado, ligam pra Guarda Municipal, que encaminha os bichos pra Viva Bicho. Aí fica sob responsabilidade da ONG em levar pra uma clínica particular e fazer todo o procedimento necessário. Pâmela esclarece que os gastos vão desde exames, custos com internação, recuperação, medicamentos e até cirurgia. A dívida da entidade com veterinário chega a R$ 4 mil. “A prefeitura não custeia, sai do bolso da ONG”, lembra a presidente. A melhor forma de ajudar a Viva Bicho é doando dinheiro. Mas quem não puder, também pode fazer a sua parte doando cobertor, toalha, produtos de limpeza e jornal, que é o básico que a entidade usa diariamente. Ração não precisa. Os dados pra depósito de dinheiro são: Banco do Brasil. Agência 1489 -3, conta corrente 50793-8, CNPJ 06.156.776.0001-81 em nome de Associação de Proteção Animal Ong Viva Bicho. Lei não é clara sobre omissão de socorro Maltratar animal é crime. O texto do art. 32 da Lei Federal 9.605/98 esclarece que "é crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos", mas não deixa claro quanto à omissão de socorro no caso de atropelamentos. No entanto, se o animal possuir dono, este pode ter que responder na justiça por omissão de cautela na guarda, o que implicaria uma pena prevista na lei, que é de três meses a um ano de prisão, mais multa em dinheiro.