Os moradores da rua Patativas, no bairro Ariribá, em Balneário Camboriú, não conseguem dormir direito. De quinta-feira a domingo, a casa de danças Clube dos Coroas faz a maior festança e o barulho é tão alto que deixa todo mundo que mora mais próximo acordado até a zoeira acabar, perto das 4h da madruga.
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A vendedora Mareliza Pizzolatti, 37 anos, tá de saco cheio de reclamar e não ter solução pro problema. Há 17 anos, ela mora na rua Patativas e desde que o clube foi fundado divide o muro dos fundos ...
A vendedora Mareliza Pizzolatti, 37 anos, tá de saco cheio de reclamar e não ter solução pro problema. Há 17 anos, ela mora na rua Patativas e desde que o clube foi fundado divide o muro dos fundos com a boate frequentada principalmente por velhinhos. A nossa cabeça não aguenta mais, reclama.
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Mareliza diz que os vidros da sua baia chegam a tremer quando a sonzeira do clube começa. O barulho é tanto, que a vendedora é obrigada a sair de casa e ir incomodar seu pai, Nestor Pizzolatti, 70, que mora perto, pra dormir por lá.
Mesmo residindo um pouco mais distante do Clube dos Coroas, seu Nestor também não escapa do barulho. Não dá pra assistir TV e até pra prosear com alguém o som deles dá problema, reclama.
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Cansou de reclamar
Primeiro, Mareliza foi na polícia Militar reclamar. A PM a mandou ir na polícia Civil. Lá, disseram que teria que chiar na prefeitura. A vendedora foi na fiscalização do Meio Ambiente e o fiscal Arnaldo Mathias lhe afirmou que o bate-coxas não estaria descumprindo a legislação.
Indignada, a vizinha da casa de danças foi papear com o secretário de Meio Ambiente André Ritzmann. O abobrão teria alegado que não se pode fazer nada porque a medição de som do local é de menos de 60 decibéis, que é o limite máximo pra barulheira naquela parte da city.
Agora, Mareliza quer falar direto com o prefeito Edson Periquito (PMDB), mas tá na fila de espera há um mês. Há duas semanas, ela levou uma reivindicação de alguns moradores da rua Patativa ao Ministério Público e promete não deixar a coisa por isso mesmo.
Tá querendo isolamento acústico
A sugestão de Mareliza pra administração do Clube dos Coroas é de colocar um isolamento acústico pra diminuir o som que incomoda toda a vizinhança. Eles dizem que já têm isolamento, mas é difícil porque as paredes tão quebradas, acho que dali é que sai o som, acredita.
Mareliza também aproveitou pra convidar as otoridades a dormir uma noite na sua casa e sentir na pele o que ela e a família passam. Ela ainda sugere que os abobrões apareçam por lá aos finais de semana.
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Fiscalização jura que não tem barulho
Arnaldo Mathias, diretor de fiscalização da secretaria de Meio Ambiente da prefa do Balneário, disse que já respondeu a solicitação da promotoria dizendo que a medição não ultrapassou os 60 decibéis permitidos. Não é necessário ir na casa dela, se não ultrapassou fora do Clube dos Coroas, não tem por que, argumenta. O bagrão disse que fora do bate-coxas o volume ficou em 55 decibéis.
O DIARINHO não conseguiu entrar em contato com a administração do Clube dos Coroas.
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