Um dia depois de uma inauguração cheia de pompa, o supermercado Angeloni da Quarta avenida, no centro do Balneário Camboriú, foi multado em R$ 4,1 mil por falta de documentação. Não foi apresentado o habite-se do corpo de Bombeiros e nem foram pagas as taxas na prefa, que garantiriam a liberação de um alvará provisório. A direção do estabelecimento garante que a nova loja atende todas as exigências pro seu funcionamento.

O secretário de Fazenda Fabio Flôr conta que no meio da tarde de ontem, depois de uma denúncia, os fiscais foram até o mercadão e descobriram que não havia sido retirado na prefa o alvará provisório pra ele funcionar. Fabio explica que a prefa até deu o ok pro Angeloni abrir as portas, mas era preciso pagar a taxa de cerca de R$ 2 mil pra retirar o papéli. Como não dançaram conforme a música, tomaram uma multa de R$ 4,1 mil. “Terão que fazer um termo de adequação de conduta com o município e se regularizar”, explica. A empresa terá 90 dias pra ficar nos trinques, mas não será fechada porque não oferece risco ao povão.

Nada de habite-se

Chefão do setor de habite-se dos bombeiros, o capitão Deivid Vidal, confirma que o Angeloni está sem o documento que garante a segurança de funcionários e clientes. Explica que os vermelhinhos fizeram uma análise prévia do local e constataram que ainda falta instalar uma chave na caixa de hidrante e extintores de incêndio. Segundo o capitão, o ideal seria que a prefa não tivesse liberado o funcionamento sem o habite-se.

O secretário de Planejamento Auri Pavoni afirma que, apesar dos perrengues, foi dado um bizu no local e confirmado que ele não ofereceria riscos. “A obra está de acordo com o projeto aprovado”, ameniza o abobrão.

Tá tudo certo

A assessoria de imprensa do Angeloni afirmou, via e-mail, que o mercado recolheu, dentro do prazo, todas as taxas que lhe foram apresentadas. A documentação teria sido obtida conforme orientação dos órgãos competentes. “A loja do Angeloni em Balneário Camboriú, como as demais unidades da rede, atende todas as exigências da legislação para o seu efetivo e regular funcionamento”, diz a nota.