Os 213 aprovados no concurso público pra trampar na prefa de Barra Velha e na fundação hospitalar da city vão ficar chupando dedo. Um comunicado oficial publicado ontem pelo atual prefeito da cidade, Claudemir Matias Francisco, anunciou a suspensão da prova, realizada no dia 16 de maio do ano passado. O mandachuva resolveu acatar decisão da juíza Sônia Odwazny, da 2ª Vara de Justiça da Capital do Pirão.
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Em comunicado, o bagrão cita várias irregularidades que teriam ocorrido na formulação do teste, desde a falta de licitação na escolha da empresa que fez a prova até a presença de pessoas ligadas ...
Em comunicado, o bagrão cita várias irregularidades que teriam ocorrido na formulação do teste, desde a falta de licitação na escolha da empresa que fez a prova até a presença de pessoas ligadas à administração municipal na comissão do concurso. Coisas estranhas aconteceram durante todo o processo. O então prefeito [Samir Mattar, do PMDB] separou o concurso em dois pra não precisar fazer licitação. Escolheram uma empresa sem experiência em realizar concursos e ainda tinham funcionários com cargos comissionados da prefeitura integrando a comissão do concurso, acusa Claudemir.
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Segundo o novo prefeito, 70 candidatos do concurso já tinham sido chamados e estavam trabalhando. Eles serão afastados e uma nova prova deve ser realizada em até seis meses. A decisão da justiça prevê um termo de ajustamento de conduta [TAC], que estabelece um prazo de seis meses para fazermos um novo concurso, então é isso que faremos. Mas, desta vez, vamos fazer a coisa certa, abrindo uma licitação e contratando uma empresa preparada e com experiência em realizar provas, promete o bagrão.
Samir foi afastado
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Esta não é a única bronca na administração da Terra do Pirão. No dia 7 de junho, uma operação da polícia Federal abalou as estruturas da city. Os policiais apreenderam documentos e cumpriram uma decisão da Justa Federal, que afastou o então prefeito Samir Mattar, o presidente da câmara de vereadores Valdir Tavares, o ex-vereador Eurico dos Santos e três secretários municipais.
Todos são acusados de integrar um mega esquema de corrupção, com direito a superfaturamento de obras, propina tomada de empresários, construção de obras desnecessárias pra tentar tirar grana do governo federal e a cobrança por serviços não realizados ou produtos não entregues à prefa. A reportagem tentou contato com Samir ontem, mas o ex-prefeito não atendeu as ligações.