A turma do hospital Marieta, no Itajaí, brecou as cirurgias eletivas aquelas em que não há risco de morte por não dar conta da enorme demanda de atendimentos de urgência e emergência. A medida radical não traz transtornos só pra pacientes da city peixeira, como já reflete no Balneário Camboriú. Cerca de 400 pessoas do município vizinho estão na fila de espera por intervenções que só são oferecidas pelo hospital peixeiro. Por conta disso, a prefa do Balneário tem planos de contratar os serviços pro povão e depois cobrar ressarcimento do governo.
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Pelas informações da galera da Saúde da Maravilha, a maior procura é pras cirurgias ortopédicas. Umas 300 pessoas aguardam a intervenção, que deveria ser feita no Marieta, considerado referência na região. Além disso, mais uns 40 pacientes aguardam por cirurgia de cabeça e pescoço e outros 25 têm que mexer no marca-passo. Como o Marieta fechou as portas pras eletivas, a galera tá chupando o dedo. Pra piorar, o principal hospital do Balneário, o Santa Inês, oferece apenas os serviços básicos e não tem dado conta de atender toda a população dodói.
Pra evitar que a fila aumente, o presidente do conselho Municipal de Saúde do Balneário, Fernando Brito, informa que a prefa estuda contratar serviços. A ideia é pagar pra outros hospitais da região atenderem a comunidade e depois cobrar do estado, que hoje não repassa dindim pra saúde da Maravilha. Quem tem câncer não pode esperar o hospital [Marieta] voltar, afirma Brito. A proposta será analisada esta semana pela prefa, que deverá negociar com o governo catarina.
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Grana pro Ruth
O secretário de desenvolvimento regional Fabrício de Oliveira disse ontem que ainda não havia recebido a proposta. Ele destacou que bateu um papo com otoridades do Balneário e estuda a possibilidade do Estado auxiliar nas custas do ainda fechado hospital municipal Ruth Cardoso. Na semana que vem, Fabrício vai levar a ideia de bancar parte do Ruth Cardoso pra uma reunião com a turma da secretaria de Saúde do estado. Vamos levantar a questão orçamentária da secretaria pra definir isso.
Fabrício também ficou de credenciar os hospitais da região pra entrar no mutirão de cirurgias eletivas que será realizado pelo governo barriga-verde a partir do mês que vem. Serão mais de 20 mil cirurgias só este ano.