Itajaí

Consumidor peixeiro enfrenta em setembro gangorra no preço da gasosa

Mas situação tem tudo pra piorar até final do ano, alerta chefão do Sincombustíveis

O despachante aduaneiro Andrei dos Santos, 23 anos, de Itajaí, costuma guardar a nota fiscal dos produtos que compra. É graças a esse bom hábito de consumidor que constatou algo que lhe deixou revoltado: a gangorra do preço da gasolina na cidade. “No dia 1º de setembro, completei o tanque pagando R$ 2,69, depois foi pra R$ 2,59 e da última vez, no dia 22, paguei R$ 2,69 de novo”, conta, reclamando desse sobe e desce que acaba atrapalhando seu planejamento orçamentário.

Andrei diz que costuma abastecer seu corsinha 2005 sempre no mesmo posto e geralmente a cada 10 dias. Por isso, consegue acompanhar a gangorra dos preços. “Eu acho isso uma sacanagem. Além de ficar ...

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Andrei diz que costuma abastecer seu corsinha 2005 sempre no mesmo posto e geralmente a cada 10 dias. Por isso, consegue acompanhar a gangorra dos preços. “Eu acho isso uma sacanagem. Além de ficar subindo e descendo o preço, a gente sabe que a qualidade da nossa gasolina é uma merda”, alfineta.

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A revolta do despachante tem tudo pra ficar ainda maior. “Se a coisa continuar assim, até final do ano a gasolina vai chegar de novo aos R$ 3”, alerta o empresário Roque Colpani, presidente do sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região (Sincombustíveis).

Na lista de motivos pr’essa variação no preço do suco de petróleo em Itajaí, diz o empresário, está a antiga guerra de preços que costuma rolar por aqui e que já fez a cidade ter a gasolina mais barata do país. “Aqui é complicado. Em Itajaí tem muita gente ou que não paga algum imposto ou que não registra empregado e aí consegue botar o preço da gasolina lá embaixo”, desabafa o chefão do Sincombustíveis.

Essas sacanagens, argumenta Roque, fazem quem trabalha dentro da lei ter que diminuir o preço pra poder pelo menos chegar perto da suposta concorrência desleal.

Fisco andou caçando sonegadores

O aumento da última semana, afirma Roque, tá ligado a uma ação recente do fisco estadual, que andou caçando comerciantes sonegadores. Isto teria inibido as irregularidades e forçado os sacanas a agir dentro da lei, cobrando um preço da gasosa mais próximo do real.

Ontem, a gasolina podia ser encontrada nos postos de Itajaí com preços variando entre R$ 2,63 e R$ 2,80, informa o chefão do Sincombustíveis. “Agora, sim, deu uma estabilizada nos preços”, comenta ainda. A cidade tem 54 postos em funcionamento.

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Safra de cana ruim, álcool importado e imposto sacana fazem os preços subirem

Pra Roque Colpani, a tendência é que a gasolina aumente ainda mais de preço até o final do ano se o governo federal não tomar algumas medidas preventivas. Ele não duvida que o preço chegue perto dos R$ 3, como aconteceu entre abril e maio deste ano. Entre as ações que o governo deveria tomar, diz o chefão do Sincombustíveis, está a decisão de diminuir ainda mais a presença do álcool na gasosa e a desoneração nos tributos.

No caso do álcool anidro, lembra Roque, o governo vem importando o produto derivado do milho, que é mais caro, já que a safra de cana no Brasil este ano foi abaixo do esperado. Isso afeta diretamente o preço final do produto.

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No caso dos tributos, o que mais ferra o preço da gasosa, diz Roque, é a CIDE, uma espécie de imposto criado em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que hoje faz cada litro de gasolina ficar 17 centavos mais caro.



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