As obras no milionário calçadão da avenida Central, no centro do Balneário Camboriú, têm dado prejuízo aos comerciantes da área. Alguns amargam até 70% de queda nas vendas e querem o fim da garibada antes da pré-temporada ou do próprio verão, com medo de perder mais clientes. A reforma está orçada em R$ 5 milhões e o local ficará chiquetoso, com direito a piso de granito, mobiliário novinho e até um teto de vidro que abre e fecha, pra proteger o povão em dias de chuva.
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A prefeitura contratou a empresa de engenharia Igesa pra refazer o calçadão. Por enquanto, é realizada a instalação da fiação subterrânea e retirada dos postes. Com isso, a via está toda esburacada ...
A prefeitura contratou a empresa de engenharia Igesa pra refazer o calçadão. Por enquanto, é realizada a instalação da fiação subterrânea e retirada dos postes. Com isso, a via está toda esburacada, cheia de terra e com máquinas por todo o caminho, o que tem afastado os compradores.
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A dona da loja de roupas Status, Ivancleia da Silva, 46 anos, afirma que o seu prejuízo chegou a 70% desde que o trampo por lá começou, em 20 de agosto. Há oito anos no calçadão, ela conta que não vê uma luz no fim do túnel pra melhorar seu movimento enquanto rolar a obra. Nunca tive um prejuízo assim, diz.
No comércio em frente, Ronival Tavares, 25, afirma que, embora a via não seja de acesso de veículos, apenas carangos têm entrado por lá. Virou estacionamento. Os clientes param na esquina, veem como está aqui e não entram, lamenta.
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A lojista M.C., 35, que preferiu não se identificar, acredita que a obra poderia estar mais adiantada se os peões trampassem de manhã até a noite. Sabemos que é necessário, mas poderiam ter feito em julho, alfineta a mulher, esperando que o novo calçadão atraia clientes suficientes pra compensar o preju atual.
Já o também comerciante Geraldo Beuter, 57, acredita que o perrengue é geral e que as vendas caíram com a chegada do inverno. Acredito que tenha alguma acomodação na economia, lamenta.
Nova etapa
O secretário de Planejamento do Balneário, Auri Pavoni, acredita que esta semana termina de ser instalada a fiação subterrânea e a via já deve começar a ser calçada com o granito. É um pouco mais demorado porque tivemos que fazer tudo. Não existia fiação subterrânea ali, explica.
Quanto ao número de funcionários, Auri explica que o trampo atual é mais focado na parte técnica da instalação e, por isso, não podem entupir o calçadão com peões. Quando rolar a colocação do granito e dos móveis novinhos em folha, ele garante que irão abarrotar o local com o pessoal especializado, pra garantir um trabalho mais rápido.