Um perfume de gambá. Esse é um dos presentinhos que os turistas poderão ganhar ao fazer uma visitinha à praia Central de Balneário Camboriú. Sabichões da universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que estão analisando a praia desde a semana passada, encontraram algas que estariam provocando mau cheiro. Além disso, há o risco de outros tipos de materiais orgânicos tóxicos pintarem nas águas da city. A prefa está acompanhando as pesquisas e informa que espera a conclusão pra tomar alguma providência.
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De acordo com os sabichões, a bronca toda é por causa do modelo de crescimento do município. Algumas ações da cidade acabaram provocando um desequilíbrio ecológico. O aparecimento dessas algas ...
De acordo com os sabichões, a bronca toda é por causa do modelo de crescimento do município. Algumas ações da cidade acabaram provocando um desequilíbrio ecológico. O aparecimento dessas algas marrons na praia Central é um exemplo disso. Antes da construção do molhe da Barra Sul, havia um banco de areia que servia de cortina para vários organismos. Mas foi retirado, e agora esses seres vivos saem livremente do rio Camboriú e chegam até a praia. Esse tipo de alga forma uma espécie de sedimento que fica na areia e provoca mau cheiro, podendo causar vários tipos de doenças, como diarreia, micose e até cólera, alerta o professor de Ecologia e mestre em Oceanografia da UFSC, Leonardo Rörig.
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O sabichão ainda dá uma previsão pouco animadora pra região, caso a prefa não simexa. Esse tipo de alga não é tóxico, mas já encontramos vários indícios de que outros tipos de organismos podem chegar até a praia, inclusive alguns tóxicos. A dragagem do rio Camboriú remove do fundo do rio esses tipos de organismos, conclui.
A oceanógrafa da secretaria Municipal do Meio Ambiente, Patrícia Zimmerman, que acompanha os pesquisadores da UFSC, informa que a prefa deve fazer algo só após o resultado da pesquisa. Esse estudo era um pedido antigo da prefeitura. Após o resultado, poderemos avaliar o que o poder público pode fazer. Os pesquisadores já citaram até a possibilidade de reaproveitar essas algas, conta Patrícia. A pesquisa também conta com apoio da Univali e da Emasa.
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