A equipe de pesquisadores do museu Oceanográfico da Univali, que não para de encontrar cadáveres de bichos na região, pode até pensar em abrir um cemitério na costa. Após achar 40 animais marinhos mortos no último mês entre tartarugas e golfinhos -, ontem foi a vez dos sabichões bizolharem a carcaça de uma baleia jubarte. O defunto tava na praia do Ervino, em São Francisco do Sul, e equipe tenta entender o motivo de tantas mortes por aqui.
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O pessoal da Univali informou que a baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) achada ontem de tarde apresentava diversas mordidas típicas de tubarão-azul, indícios de que teria morrido em alto-mar ...
O pessoal da Univali informou que a baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) achada ontem de tarde apresentava diversas mordidas típicas de tubarão-azul, indícios de que teria morrido em alto-mar. Os pesquisadores informaram ainda que, pelo estágio de decomposição do bichano, é provável que a baleia já estivesse morta há pelo menos 30 dias. A carcaça foi levada pro museu Oceanográfico da Univali, em Piçarras.
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De acordo com o coordenador da pesquisa e curador do museu, Jules Soto, o objetivo da expedição é descobrir por que o mar da Santa & Bela virou um cemitério. O número de mortes está muito acima do normal. Além do mais, os casos estão concentrados. Numa única praia, em oito quilômetros, havia 11 tartarugas. Chegamos a ter um golfinho a cada quatro dias. Estamos monitorando a orla e iremos averiguar a razão da alta concentração de mortes. Um dos principais motivos é a pesca de emalhe, que deixa a rede parada e os animais acabam se tornando vítimas, explica o sabichão.
A expedição organizada pelos pesquisadores da Univali, juntamente com órgãos ambientais, começou na última terça e pretende percorrer cerca de 350 km da costa catarinense à procura de novos registros e de respostas pra tantas mortes. Até agora, além da baleia, foram achadas mortas 26 tartarugas, dois golfinhos e 12 botos.
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