A galera entrou na lorota de Rubens da Silva Junior, também morador de Mirassol. Ano passado ele já havia feito uma excursão com uma turma e este ano voltou a passar de casa em casa oferecendo a viagem pro Balneário. Parcelou em 10 vezes o passeio, que deveria começar em 26 de dezembro e acabaria só no dia 2 de janeiro. A proposta dele incluía hospedagem, rango e transporte dentro da city.
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Os moradores confiaram no blablablá do sujeito e pagaram a viagem desde março. Na tarde de sexta-feira foram pra frente de uma escola, conforme o combinado e deram cos burros nágua. Rubens siscafedeu da city com a grana dos ingênuos clientes e não deu satisfações.
Até o motorista do ônibus alugado pra viagem foi pego de surpresa. Leandro Bercilini disse aos homidalei que reservou o busão por R$ 8,5 mil pra fazer o trampo, ficou à disposição de Rubens e acabou também no preju, porque não viu a cor do dinheiro e por isso não viajou.
O delegado Júlio César Bueno, de Mirassol, já abriu um inquérito por estelionato. Como Rubens é conhecido na city, disse que não precisa fazer retrato falado. Ele botou os tiras na rua pra localizar o sujeito e quer ouví-lo o quanto antes. Ele não é agente credenciado e deve ter gastado o dinheiro do pessoal, acredita o dotô.
Segundo o delegado, no ano passado alguns moradores da city já haviam reclamado que o sujeito não ofereceu o melhor ônibus e melhor hotel conforme foi firmado em contrato pra uma excursão a Caraguatatuba, no litoral Paulista.
Como identificar o falso agente
A agente de viagens Maria Brezolim, do Balneário Camboriú, tá desde 2003 no ramo. Ensina que o povão pode conferir no saite do ministério do Turismo se o CNPJ da empresa tá cadastrado mesmo como agência de viagens. Antes de qualquer coisa, o cidadão tem que conferir se realmente há uma agência de turismo, ressalta.
Além disso, a pessoa deve conferir se o sujeito tem cadastro de agente no Ministério. A pesquisa também pode ser feita através do mesmo saite, no link Cadastur.
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Maria indica que o povão assine contratos pelo pacote e os registre em cartório. Caso façam acordos pela net ou telefone, sugere que antes de fechar o acordo, receba e leia a cópia do contrato. Hoje o brasileiro é acomodado e compra o que oferecem na porta de casa sem saber da onde saiu, alfineta.