Itajaí

Busão invade a rodoviária de Itajaí e por pouco não causa uma desgraceira

Acidente foi ontem, às 20h30. Além dos vidros, o ônibus destruiu o quisque Brasil, ferindo uma funcionária que não conseguiu sair a tempo

Eram 20h30. O ônibus da Catarinense que vinha de Curitiba/PR deixaria alguns passageiros no terminal Rodoviário de Itajaí (Terri) e engoliria outros com destino a Balneário Camboriú. Mas ao invés da clássica voz feminina que diria “Senhores passageiros da Autoviação Catarinense...”, o que os usuários da rodoviária ouviram foi um grande estrondo. Pra surpresa e desespero de quem estava por lá, o busão, placa LQR-7524 (Florianópolis), não se conteve no box de parada, subiu a rampa de embarque, espatifou as vidraças que separam a parte externa do setor de espera dos passageiros e destruiu completamente um quiosque. Suzana Juvêncio, 22 anos, funcionária do Brasil Café Expresso, que trampava no quiosque, correu pra se salvar e acabou com ferimentos na cabeça, mãos e pernas. O motorista Luiz Antônio Souza, 59, que não soube explicar direito o que aconteceu, saiu ileso. Por sorte, nenhuma das pessoas que na hora caminhavam pela rodô foi atingida.

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Dalzira Pilz, 48, que é funcionária da prefa e acompanha os migrantes que chegam à cidade, tava de plantão na rodô na hora do acidente. Junto com a colega de trampo Rosana Alves, 55, tava na salinha ...

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Dalzira Pilz, 48, que é funcionária da prefa e acompanha os migrantes que chegam à cidade, tava de plantão na rodô na hora do acidente. Junto com a colega de trampo Rosana Alves, 55, tava na salinha do programa de Orientação ao Migrante (POM) quando escutou um estouro e a gritaria dos usuários do terminal. As duas correram pra ver o que tinha rolado. “Foi um susto. A sorte é que ninguém ficou ferido com gravidade”, comentou Rosana.

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Dalzira conta que viu Suzana caída no chão, chorando desesperada. Junto com outras pessoas, Dalzira tentava acalmar a funcionária do quiosque, que é sua cliente na compra de produtos de beleza. Lembra que a jovem tinha ferimentos na cabeça, nas mãos e nas pernas por causa dos cacos de vidro que ficaram espalhados pelo chão. “Ela chorava muito e estava nervosa. Eu falava pra ela ficar calma, só que o susto foi tão grande que pouco adiantou”, lembra. Foram os socorristas do Samu quem levaram a trabalhadora ao pronto-atendimento da prefeitura.

Rosana tinha voltado recentemente pra sala quando escutou o barulhão e a gritaria. Não quis nem saber de nada. Deixou até a salinha aberta e, junto com a colega de trabalho, correu pra ver o que aconteceu.

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Até ontem à noite, não havia uma explicação para o que aconteceu. “Tá vendo a marca de freio? Não consigo entender, foi inexplicável o que aconteceu”, disse o motora do latão que, nervoso, andava de um lado pra outro como se estivesse tentando entender o que tinha acontecido. Em nota, a direção da Autoviação Catarinense disse que está apurando as causas do acidente e garantiu: “Uma equipe da empresa está prestando assistência à funcionária do quiosque, que teve ferimentos leves”. O busão tinha seis passageiros, que não se feriram.

Dona do quiosque nem imagina o tamanho do preju

Enquanto os funcionários da empresa Catarinense e também do Terri corriam pra retirar o busão de dentro do terminal, a dona do quiosque destruído se virava nos 30 pra poder retirar o que sobrou da banquinha. “Estamos correndo pra limpar tudo. Temos prazo pra liberar aqui”, disse Rose, a proprietária do Brasil Café Expresso.

Com os olhos mareados, Rose ainda não tinha um levantamento do que perdeu. “Eu não tenho ideia do prejuízo”, disse ao DIARINHO, sem parar de recolher as poucas mercadorias e equipamentos que ainda estavam no interior. O marido Cleverson Apetz, 40, ajudava no resgate e na limpeza. Há 13 anos ela toca a pequena cafeteria e lancheria, na parte oeste do terminal.

Maria Fátima Azevedo, 51, irmã de Rose, observava tudo escorada em um banco. Parecia perplexa com o que estava vendo. Tendo passado por uma cirurgia recentemente, o único apoio que podia dar à mana era na parte moral. As duas tavam juntas na hora do acidente, e Maria contava a Rose sobre um acidente com uma caçamba que aconteceu no Rio de Janeiro e que derrubou uma passarela de pedestres. “Bem na hora que eu contava, o telefone dela tocou. Tavam avisando do acidente com o ônibus. Largamos tudo e viemos correndo”, lembra.

De vassoura na mão, a empresáriaTânia Rizzi, uma das diretoras do Terri, comandava a limpeza e a liberação da área do terminal que foi invadida pelo ônibus da catarinense. O busão somente foi retirado do local pouco depois das 22h, por funcionários da Catarinense e do Terri.

Nem Tânia sabia direito o que fez com que o ônibus subisse a rampa de embarque, invadisse a área destinada à espera dos passageiros e destruísse um dos quiosques. “Eu ainda não sei o que aconteceu. Ainda não dá pra dizer nada”, disse. Econômica nos comentários, a empresária nem chegou a usar a palavra “tragédia”. “É um imprevisto. Imprevistos acontecem”, concluiu.

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