Itajaí

Pranchas feitas de garrafas pet

Pequenos aprendem a fazer pranchas baratinhas e ecológicas

Pra virar surfista é preciso, pelo menos, duas coisas: boas ondas e uma prancha. As ondas são digrátis em qualquer praia da região. Já a prancha tem preços variados. Uma basicona custa, em média, uns mil reales. Para democratizar um pouco mais o esporte e ainda ajudar o meio ambiente, um casal de Garopaba gira o Brasil pra mostrar que dá pra construir uma prancha só com materiais reciclados e com pouco dindim. Eles estiverem em Itajaí no final de semana e ensinaram a criançada peixeira a transformar garrafas pet num pranchão ecológico.

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Pra montar a prancha é preciso 38 garrafas plásticas. O processo é bem simples. Todas têm que ser lixadas pra garantir que irão colar umas nas outras. Pra uni-las e evitar acidentes na água, usa ...

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Pra montar a prancha é preciso 38 garrafas plásticas. O processo é bem simples. Todas têm que ser lixadas pra garantir que irão colar umas nas outras. Pra uni-las e evitar acidentes na água, usa-se uma cola de madeira especial, que seca rapidinho. Depois são utilizados canos de PVC pra fazer a longarina, um tipo de madeirinha que segura a prancha pra não quebrar. “Os canos de PVC a gente também pega, então é tudo reciclável”, conta Carolina Scorsin, 34 anos. Ela e o maridão, Jairo Lumertz, 41, são os idealizadores do projeto Prancha Ecológica.

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O próximo passo é a colocação das quilhas, que são feitas com um plástico duro, também reaproveitado. A última etapa é colar folhas de EVA no lado da prancha em que o surfista fica em pé. Todo o trampo demora cerca de uma hora e Carol garante que não tem perigo de a prancha se desfazer na água.

Além de usá-la pro surfe tradicional no marzão, também dá pra montar pranchas pra stand up paddle, modalidade que tá na moda e pode ser praticada não só em cidades litorâneas, mas em qualquer local que tenha rios e lagos.

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Ansiosos pra “surfar”

Os primos Wellington Gomes, sete anos, Maria Eduarda Lopes, 10, e Luan Melo, 11, deixaram as brincadeiras de lado pra ajudar Jairo e outras 20 crianças na fabricação da prancha. Pra eles, a tarefa foi fácil. O que tava sendo difícil pra Welligton, apesar de nunca ter surfado, era segurar a vontade de experimentar a prancha no mar. “Não dá pra surfar agora?”, perguntava.

A confecção das pranchas rolou no sabadão, mas só no domingo é que a criançada pode se esbaldar no mar e testar a invenção. Além da alegria proporcionada pela brincadeira, também rolou o sorteio de uma das pranchas.

Reciclar é divertido pra caramba

A ideia de fazer pranchas com garrafas pet surgiu em 2007. Na época Jairo morava no Havaí, mas foi só depois que ele conheceu Carol, em 2011, é que o projeto foi pra frente. Em junho de 2012 surgia o Prancha Ecológica.

A ideia do casal é fazer com que as crianças entendam, desde cedo, a não tomar refrigerantes, já que faz mal à saúde, e também a reciclar. Além disso, outra intenção é levar o esporte a crianças carentes.

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Todo o material usado pra fazer a prancha amiga do meio ambiente é reutilizado. O casal mesmo é quem passa o trabalhão de recolher nas ruas as garrafas e outros materiais. Além da produção das pranchas, os dois visitam escolas pra falar sobre a reciclagem.

O projeto já passou por mais de 12 estados e cidades catarinenses como Laguna, São Francisco do Sul, Floripa, Balneário Camboriú e Garopaba. Apesar de todo o empenho, o projeto ainda não alavancou o tanto que queriam. Não por dinheiro ou fama. Até porque geralmente eles não têm retorno financeiro pelo trabalho com as crianças.

Em Itajaí, o Sesc bancou a conta pra trazer a ideia pra city peixeira, dentro das atividades do projeto Esporte & Verão, no molhe da Atalaia. Mesmo com pouco incentivo em grana, os dois nem pensam em desistir. Eles sonham em conseguir um patrocínio permanente para tornar o projeto conhecido mundialmente.

Passou pelo teste de Armandinho

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Pra quem duvida da qualidade das pranchas, em outubro do ano passado o cantor Armandinho, que também é surfista, conseguiu pegar altas ondas com a prancha de garrafas.

Além dele, o surfista e vice-presidente da associação de Surfe de Itajaí, Juliano Secco, disse já ter participado do projeto quando esteve em Floripa. Ele aprovou.

“É um projeto bem bacana. A prancha é bem suave dentro da água. Não desliza tanto, tem que se posicionar bem em cima dela”, ensina.




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