Conhecer a sua origem, saber quem são os pais biológicos e se tem irmãos de sangue são os sonhos de Shir Spiegel, 31 anos. Shir nasceu em Itajaí, mas com um mês de vida foi adotada por um casal de Israel.
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Ela, assim como outras cerca de 500 crianças, pode ter sido vítima de um escandaloso esquema de tráfico de crianças que aconteceu nos anos 1980 no sul do país. Ela não fala português, mas conta com ...
Ela, assim como outras cerca de 500 crianças, pode ter sido vítima de um escandaloso esquema de tráfico de crianças que aconteceu nos anos 1980 no sul do país. Ela não fala português, mas conta com a ajuda de brasileiros para tentar descobrir o paradeiro da família biológica.
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A auxiliar administrativa Ana Carolina Jacinto, 30 anos, moradora de Balneário Camboriú, está ajudando a moça. Ana conta que conheceu Shir através do Facebook há cerca de dois meses. Desde então, as duas trocam informações sobre a origem de Shir.
Segundo Ana, a única informação que Shir tem da mãe biológica é o nome que consta no documento de adoção: Márcia da Silva, moradora de Itajaí. Shir nasceu em janeiro de 1986 em Itajaí.
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Com quatro semanas de vida ela foi levada para o Rio de Janeiro, onde foi entregue ao casal israelense. Segundo os pais adotivos, quem teria intermediado a adoção chama-se Arlete Hilu.
Arlete é uma figura conhecida no sul do país por ter chefiado um esquema de tráfico internacional de bebês nos anos 1980. Ela foi condenada por formação de quadrilha e tráfico internacional de bebês e por duas vezes foi presa. Hoje, ela mora em Piçarras.
Ana conta que Shir está feliz em Israel e que os pais adotivos são os primeiros a apoiarem a filha na busca pela família que ficou por aqui.
Como ela não tem condições de vir para o Brasil e nem fala português, encontrou nas redes sociais um meio de pedir ajuda. “Eu falo com ela todos os dias e ela chora, sempre pede que eu a ajude”, conta Ana.
As fotos de Shir quando era criança, compartilhadas nas redes sociais, são a esperança de que alguém a reconheça e entre em contato. Se alguém souber onde está Márcia da Silva, também ajudaria muito.
“Talvez um irmão, algum parente a reconheça. O meu maior medo é que a mãe já não esteja mais aqui”, diz.
Segundo Ana, o caso de Shir já foi registrado no SOS Desaparecidos de Floripa. Quem tiver alguma informação,pode entrar em contato pelo telefone (47) 98458-7777.
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