Itajaí
Delfim será velado na FCF em Balneário Camboriú
Família vai atender o pedido do chefão da Federação e vai cremar o corpo
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Delfim de Pádua Peixoto Filho, 75 anos, uma das vítimas da tragédia da delegação da Chapecoense, na Colômbia, será velado no saguão da sede da Federação Catarinense de Futebol (FCF), em Balneário Camboriú.
A informação foi dada ontem por uma pessoa ligada à família e confirmada pela assessoria de imprensa da FCF. A sede da federação fica na 6ª avenida, bairro dos Municípios.
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Na quarta-feira, um sobrinho de Delfim pousou na Colômbia junto com parentes de outras vítimas do desastre. Ele foi fazer o reconhecimento oficial do corpo do presidente da federação Catarinense de Futebol. Um avião da força Aérea Brasileira (FAB) foi cedido para levar os familiares. Ontem mesmo o rapaz já estaria voltando ao Brasil.
De acordo com a assessoria de imprensa da FCF ainda não está definido o dia em que o corpo de Delfim chega a Balneário Camboriú. Ele deve chegar na sexta-feira ou no sábado, disse a fonte ligada à família.
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A definição da data está ligada a duas situações. Uma é à liberação dos cadáveres pelas autoridades colombianas. A outra é decidir se antes do velório oficial na sede da federação, o corpo de Delfim irá ou não para a homenagem coletiva que está sendo organizada na arena Índio Condá, em Chapecó.
O que já estaria certo é que Delfim será cremado. Era uma vontade dele, comentou um assessor da federação.
Delfim era casado há cerca de 50 anos com Ilka Labes Peixoto, da tradicional família Labes, de Itajaí. Da união do casal nasceram os filhos Delfim Neto, Bianca e Emanuelle, a Nena. O presidente da FCF tinha seis netos.
Militante, advogado e apaixonado por futebol
Advogado, procurador-geral da assembleia Legislativa de Santa Catarina e professor do curso de Direito da Univali por cerca de 20 anos, Delfim estava à frente da federação Catarinense de Futubel há mais de três décadas.
Ex-vereador por Itajaí e deputado estadual por três mandatos, renunciou na última legislatura para assumir o cargo de procurador da assembleia. Ex-presidente da União Catarinense dos Estudantes (UCE), militante da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi preso pela ditadura militar entre 1964 e 1965.
Na juventude, Delfim era filiado ao Partido Comunista Brasileiro. Depois virou uma liderança estadual do antigo movimento Democrático Brasileiro (MDB), que deu origem ao PMDB. Também na tenra idade foi jogador de futebol. Já assumiu a presidência do Clube Náutico Marcílio Dias, de Itajaí.
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