Na virada do ano, os bandidos arrombaram a garagem do prédio em que Denis mora, no centro de Itajaí, e levaram a magrela. A Caloi Supra Azul era a companheira de Denis para ir ao trabalho e seria o meio de transporte para a faculdade.
Continua depois da publicidade
Mas nem as duas barras de ferro que lacram o portão da garagem do prédio, na rua Alexandre Fleming, 117, foram suficientes para impedir o furto. Sem a magrela, Denis vai ter que percorrer 25 minutos de casa até o trampo a pé.
Antes do Natal, a técnica de enfermagem, Luciana Alves Artigas, 30, deixou a bike acorrentada em um poste da 5ª avenida, em Balneário, enquanto entrava numa loja. Quando voltou, não havia nem rastro da magrela.
Continua depois da publicidade
Montoeira de furtos
Luciana não fez queixa do furto à Civil. Assim como a técnica de enfermagem, muitas vítimas não vão à polícia e mascaram as estatísticas.
Pelos dados da polícia Civil, só em Balneário, 246 pessoas tiveram bicicletas furtadas em 2015. O número é 18% maior que o ano de 2014, quando 208 zicas foram levadas pela bandidagem.
Em Itajaí, foram furtadas 195 bikes no ano passado, pouco menos que os 203 furtos de 2014. Nas duas cidades, a polícia estima que o número seja bem maior porque os ciclistas não registram a queixa.
Tem que fazer o BO
Segundo o delegado Márcio Collato, a maioria dos relatos é de ciclistas que prendeu a magrela no poste e quando voltou encontrou o cadeado estourado. Ele explicou que para evitar esse tipo de crime é melhor que o ciclista só coloque as magrelas em locais com vigilância ou em bicicletários. O uso de cadeados de boa qualidade também é importante.
Collato lembrou que não é permitido colocar a bike acorrentada em placas de sinalização ou em postes. Ele reforça que é importante fazer o boletim de ocorrência porque muitas bikes são recuperadas e ficam a espera do dono que, muitas vezes, nem fez o comunicado à polícia.
Continua depois da publicidade
Será que a sua zica foi recuperada?
Em Balneário, as bikes recuperadas ficam na delegacia, na rua Inglaterra, e em Itajaí na depezona da rótula do Vanolli. Para recuperar a bike é importante levar a nota fiscal de compra.
Atualmente, o depósito da delegacia de Balneário tem cerca de 200 magrelas esperando pelo dono. Muitas delas, foram encontradas pela polícia há cerca de cinco anos. Em Itajaí, a informação da Civil é que há um contêiner lotadinho de zicas a espera dos donos.
O delegado explica que, quando os donos não aparecem, as bikes são levadas para entidades assistenciais que transformam as bicicletas em cadeiras de roda para deficientes.
Continua depois da publicidade