Morreu ontem no hospital da Unimed, em Joinville, um dos sócios-fundadores da empresa de navegação Santa Catarina, responsável pelo ferribote que faz a travessia do rio Itajaí-açu, entre Itajaí e Navegantes. Vandir Weidle, 74 anos, era morador da praia Vermelha, em Penha, há quase meio século.

Natural de Carazinho, no Rio Grande do Sul, ele vinha lutando contra um câncer de peritônio (nos intestinos). Ele tava internado há 45 dias devido um quadro de infecções múltiplas dos órgãos, em consequência da doença.

O corpo chegaria ontem à noite em Penha, para velório na Igreja Adventista do Sétimo Dia, na rua Nilo Anastácio Vieira, 111, no centro. O corpo de Vandir será cremado em Balneário Camboriú, em cerimônia marcada para as 16h de hoje no Crematório Vaticano.

Vandir deixa esposa, quatro filhos (um já falecido), um neto e um bisneto, que nasceu há uma semana. A cremação foi um pedido do empresário.

Conhecido como empreendedor, Vandir era engenheiro florestal por formação e chegou a ter no início da carreira uma empresa de reflorestamento. Além de sócio da balsa, também tinha participação em uma empresa no Maranhão.

O trabalho com a empresa de navegação começou no final dos anos 1970, em sociedade com José Manoel Reiser. Nos últimos meses, Vandir estava mais afastado do trampo devido aos problemas de saúde. Ele também sofria de miastenia, um tipo de fraqueza muscular, que se agravou após o câncer.

São os três filhos de Vandir que tão à frente do ferribote, junto com Manoel Reiser. Diogo Hasse Weidle, 27 anos, um dos filhos, é um dos diretores da empresa. Ele conta que o pai sempre foi muito ligado à navegação e à natureza.

O espírito desbravador vinha desde a juventude, quando Vandir chegou a integrar a primeira expedição dos irmãos Villas-Bôas ao Xingu, na região da selva amazônica. “Ele teve uma vida de luta e conheceu o Brasil de ponta a ponta”, comentou Diogo.