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E se todos os pais soubessem o que é a perinatalidade?


E se todos os pais soubessem o que é a perinatalidade?

Você já ouviu falar em perinatalidade? Talvez o termo soe distante, técnico. Mas ele diz respeito a uma das fases mais sensíveis e determinantes da vida: o período que envolve gestação, parto e puerpério – tanto para a mãe quanto para o pai, e claro, para o bebê.

Agora imagine: e se todos os pais tivessem acesso a informações claras, acolhedoras e embasadas sobre esse período? Quantos traumas poderiam ser evitados? Quantas famílias poderiam se sentir menos sozinhas diante das intensas transformações físicas, emocionais e relacionais que esse ciclo traz?

A perinatalidade vai muito além do pré-natal e da escolha do tipo de parto. Ela envolve saúde mental, vínculos afetivos, identidade parental, história familiar e até questões sociais e culturais que influenciam diretamente a experiência de ser mãe, pai ou bebê.

Na clínica, vejo de perto como a falta de preparo emocional e informação pode gerar impactos profundos: mães com sentimento de culpa por não sentirem o “instinto materno” logo após o parto; pais inseguros por não saberem como participar; casais que se distanciam em vez de se unirem; bebês que chegam ao mundo num ambiente emocionalmente sobrecarregado.

Mas há outro lado. Quando os pais são orientados e acolhidos desde a gestação, algo poderoso acontece: eles se tornam protagonistas conscientes dessa jornada. Sabem que não há perfeição a ser alcançada, mas presença, escuta e afeto. Aprendem que pedir ajuda não é fraqueza, e sim sinal de maturidade emocional. E o bebê sente isso. Ele nasce em um espaço mais seguro – não só fisicamente, mas psiquicamente.

Estamos falando de um tempo em que tudo está sendo construído: vínculos, identidades, rotinas, sonhos e medos. A forma como esse início se dá ecoa por toda a vida. Por isso, olhar para a perinatalidade com responsabilidade é um compromisso com as próximas gerações.

Além disso, quando mães e pais se sentem preparados, informados e amparados, há uma redução significativa de quadros como depressão pós-parto, ansiedade, dificuldades no aleitamento e até no desenvolvimento emocional dos bebês. Isso mostra que cuidar da saúde mental parental é também cuidar da saúde da criança – e do futuro.

A boa notícia é que nunca se falou tanto sobre isso. Ainda que aos poucos, temas antes considerados tabu vêm ganhando espaço nas rodas de conversa, nas redes sociais e, felizmente, nos consultórios. E é nesse espaço terapêutico que muitos pais encontram acolhimento, escuta e direção.

Se você está vivendo ou se preparando para viver esse momento, saiba: você não precisa dar conta de tudo sozinho(a). A psicologia perinatal existe justamente para caminhar junto com as famílias, oferecendo suporte técnico e humano para que essa fase, ainda que desafiadora, possa ser também transformadora.

Porque cuidar da saúde mental desde o início da vida – inclusive da vida que gera – é um investimento de amor, presença e saúde para toda a família.


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