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Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

A liberdade do tempo


O tempo sempre bate à porta do ser social e lhe cobra o bilhete das transições entre estações. O corpo se desenvolve ao passar dos anos em suas várias fases, mas a percepção sobre o mundo, nem tanto.

 

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Liberdade infantil carrega o sentido de ausência de restrições ou imposições. Liberdade é o mesmo que vontade sem limites. A liberdade que encarna a vontade egoísta é infantil, do nascimento. Cada um nasce livre. Quando criança, as vontades imperam sob o corpo e sobre os “outros”. Afinal, não há “outros” ou bem público para aqueles que percebem somente sua própria vontade. Traduz-se o egocentrismo infantil, a liberdade que escraviza.

As crianças, até por volta dos seis anos, lançam-se ao mundo do “meu”, “eu quero”. A empatia, ou se colocar no lugar do outro, é coisa para se conquistar com os processos de se relacionar com outros. Há instituições eficientes para isso: na escola, nas casas de amigos e parentes, em territórios desconhecidos ou pouco experimentados. Ficar e estar com pessoas e ambientes que não lhe concedam propriedade ou domínio é estímulo para expor os limites do “eu” e do “meu”. “Batidas na porta da frente, é o tempo!”

Adultos pouco experimentados para a epopeia da vida em grupo terão desatinos. Por não perceber os seus próprios limites e a decorrência do outro e das regras que desenham e dão conteúdo aos relacionamentos, sofrerão pela falta de transformação da vida pessoal e pela limitada transição à vida pública e coletiva. Como marca pessoal, ainda tentarão impor seus desejos aos outros. Para tanto, recorrem à manipulação sobre as coisas e as pessoas, e criarão “mundo-fantasia” para encaixar seus desejos e culpar os outros por suas frustações e erros. “Eterna” criança que não soube e, talvez, não possa amadurecer.

São os pais os educadores para a liberdade social e para as interações. Desde a formação do ser individual, é na família que se impõem as regras sociais e os comandos. Múltiplos “nãos” e cerceamentos são ditos e exigidos. É na reação do infante que se desdobrarão as imposições. O modo impositivo será constante, revezados aos carinhos e cuidados, atos e fatos que darão a conformação do “ser social”.

A interação social implica na criação de um campo invisível e permanente chamado “nós”. Viver, a partir de então, será a convivência com os outros. Caso algum adulto ainda queira manter seu comportamento de liberdade conquistado pelo nascimento é provável que tentará criar artimanhas para sua posição social. Para adultos com egocentrismo infantil, muito da vida será conquista, dominação, poder para si-somente.

A Liberdade social e política é, por si só, a limitação do ser individual e sua transformação em ser social num mundo coletivo. Admitir os outros e outros desejos, assumir que o querer é ato comum entre todos, é admitir que regras nascem e se avolumam fora de mim. Como quando meus pais me infringiam regras. Só assim conseguirei viver em paz social com os outros.

Aos que não se transformam para o mundo e não amadurecem para a vida social restará o xingamento e o julgamento pela simples condição de que seus desejos não foram realizados. Como não conseguem resolver os problemas que se instalaram em suas formas de ser, e ainda se comportam com traços do egocentrismo infantil, resta-lhes xingar e hostilizar tudo o que não se enquadra no seu jogo cuja vitória tem que ser sua. “Batidas na porta da frente, é o tempo” a cobrar o passar do tempo!


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