Castelo de areia
Com o povão na rua em protestos, CPI para investigar responsabilidades da pandemia, suspeita de corrupção na compra de vacinas, super pedido de impeachment, e todo pacote de reformas que o Brasil precisa mas não anda, o castelo de areia que levou o mito a se eleger já começou a ruir faz tempo. Bolsonaro, diante dos fatos e atos que se levantam contra ele, conta com o apoio impossível de ser imaginado há dois anos: o do Centrão. É mole ou quer mais?
Millôr tinha razão
O genial Millôr Fernandes lascou uma frase, há décadas, mas que parece cada vez mais profética: o Brasil tem todo um passado pela frente. E é bem isso. O golpismo, o conchavo, uma elite econômica cruel e descompromissada com o país, a manutenção da lei mais forte vigente por aqui, a Lei do Gérson - “Levar vantagem em tudo, certo?” - mantém o Brasil deitado eternamente em berço esplêndido. Um país que não avança. Uma promessa que nunca se cumpre.
Demagogia?
Destino triste para um país que tem tudo para dar certo, menos governos decentes e visionários, menos governantes dispostos a fazer o que é preciso: pensar no interesse do país, pensar no bem estar do sofrido povo brasileiro. De Collor a Bolsonaro, passando por Lula, já tivemos cota suficiente de salvadores da Pátria para saber que não há salvadores da Pátria.
O pior
Um a um, os nossos salvadores da Pátria acabaram sucumbindo ao Centrão, ao que representa o mais arcaico, o passado todo pela frente. E os poderosos jogam com isso porque perceberam, há tempo, que o brasileiro, por conta do histórico escravagista, ignorante e hipócrita, aceita calado o que lhe é imposto. “O brasileiro tem alma de cachorro de batalhão: passa o batalhão e ele vai atrás”, disse Nelson Rodrigues, temos o complexo de vira-latas. Simples assim.
Teatro dos vampiros
Tudo está nos jornais, nas TVs, rádios, nas mídias sociais: um enorme teatro ao qual assistimos assombrados e inertes. Algum resultado vai ter. Como não temos representantes, já que nossos representantes eleitorais servem às grandes corporações, às elites econômicas, aos partidos, e aos de sempre, não teremos influência alguma no resultado, a não ser pagar a conta no final. E a grana está cada vez mais curta. E o tempo passa. E jogamos nosso futuro fora...
Pra resumir
Terminando, e respondendo a pergunta inicial, o que vem por aí? A resposta é que vem o mais do mesmo. O de sempre. O tudo como dantes no quartel de Abrantes. Os grandes interesses sendo jogados em detrimento da Nação. Golpismo, usura, narrativas falsas, jogos de cena, palhaçada. O teatro de horrores que o país virou. Todos deveriam se envergonhar, mas ninguém está nem aí pra hora do Brasil.
Aline líder
A minha musa acelerada, vereadora Aline Aranha (DEM), em encontro da base na piramidal casa do povo com o prefeito barbudinho Volnei Morastoni, se colocou à disposição pra a missão de ser líder do governo.
Ninguém quer
A verdade é que o governo patina no legislativo pela falta não apenas de um líder, mas também um articulador político pra conversar com as excelências excelentíssimas de situação e, principalmente, de oposição. Ninguém quer se líder, até porque muitas vezes, necessita defender o indefensável e seu mandato fica de lado. O preço vem lá na frente...
Rodizio
Aline fala que se colocou à disposição porque sente a dificuldade do governo neste sentido. Acredita, inclusive, que poderia haver um rodízio entre os vereadores de situação que poderiam ser líderes ocasionais, durante um período cada.
Se arrependeu
A própria Aline, que está na cadeira como suplente, reconhece com humildade que, mesmo sendo da base, votou contra um projeto do governo e depois se arrependeu. Mas o grande problema foi a falta de uma liderança, articulação e de alguém do governo que venha e explique aos vereadores a necessidade e urgência de determinados projetos.
Polêmica
Aline, também, comentou a situação da retirada das árvores da avenida Marcos Konder. Fala que participou de uma reunião em companhia da minha ex-musa BBB, Anna Carolina (PSDB), e Auri Pavoni, sobre o projeto da avenida. Reconhece que o projeto enche os olhos, mas que é preciso analisar a questão das árvores. Concordo.
Aliás
Auri, o melhor, melhor do mundo, parece que gosta que se enrosca de tocar concreto, asfalto em detrimento da natureza.... Daqui a alguns anos, talvez, teremos que resgatar o que hoje sucumbe sobre a metrópole de cimento...
Corredor verde
Importante ler o nosso DIARINHO (se tu não ler, não sabe de nada, mô quirido!) de todos os dias. O jornal noticiou na edição impressa e on line sobre um TAC – termo de ajuste de conduta, entre a antiga Famai, hoje, Inis – Instituto Itajaí Sustentável -, que proibiu a supressão das árvores. Espera-se que se mantenha e não venham com a história manjada de que não são árvores nativas, que estão condenadas, que atrapalham a rede elétrica, etc e tal.
Prestigiada
A posse do vereador mais jovem da história, o Gabriel Zanon (Podemos), foi prestigiada por importantes lideranças da city peixeira. Além da família do moçoilo e dos membros do Partido Novo de Itajaí, a posse também levou à piramidal vereadores de Jaraguá do Sul e São José, que militam junto com Zanon nas bandeiras liberais.
PIB Político Peixeiro
Parte do PIB político peixeiro também foi prestigiar o menino prodígio do MBL em sua posse. Passaram pela casa do povo peixeira os ex-vereadores e ex-candidatos a prefeito, o futebolista Níkolas Reis (Podemos), e o atucanado Robison Coelho (PSDB, ainda). O titular da cadeira de Zanon, vereador galego Rubens Angioletti (Podemos), também estava na plateia VIP que acompanhou a posse.
Quinteto
A sessão de posse na piramidal acabou marcando o reencontro casual do quinteto formado por Robison, o entisicado Fernando Pegorini (PSL), Rubens, Nikolas e Otto, o Pingo d’Ouro (Republicanos). Deu pra perceber que os ex e atuais vereadores ainda têm muita sintonia entre si.
Véio com saudades
Se tiverem maturidade para projetar as eleições de 2022 e 2024 de modo que não se choquem, é bem possível que este grupo lidere a mudança de geração na política peixeira. Ou não? Pai Atanásio chega a se emocionar de saudades dos edis na labuta do legislativo peixeiro.
Mal exemplo
O vereador do Partido Novo da galega Blumenau, Emannuel Tuca Neto, deu uma lição de mau exemplo e abuso de autoridade, ao ser enquadrado por agentes de trânsito, porque a sua esposa teria feito uma manobra proibida e acabou sendo paradapela guarnição que passava pelo local e fez a abordagem.
Ofender
Acho que tanto Tuca quanto o agente ultrapassaram os limites do bom senso, mas quem estava com a razão, sem querer ser juiz, era o agente de trânsito que cumpria o seu papel. A conversão sobre a faixa de ônibus e na contramão, acabou custando uma multa no lombo. O vereador, alterado, passou a ofender o agente. Fiasco para quemse diz da “nova política”.