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Sobre a votação da denúncia a Temer


Artigo de Esperidião Amin, Deputado Federal   Recentes declarações de dirigentes empresariais e partidários sobre a votação da denúncia contra o presidente Temer, defendendo o resultado havido em nome da “estabilidade econômica”, me levam a fazer a seguinte reflexão: 1. É compreensível que se procure justificar a decisão de barrar a investigação da principal autoridade da nação, acusada de corrupção passiva no exercício do mandato, alegando a fragilidade do momento que vivemos. Contudo, como dizia Vitorino Freire, “as consequências vêm sempre depois!”. Quer dizer, vêm SEMPRE! Esse exemplo vai ser referência em muitos outros casos. Ou não? 2. O extraordinário livro “Arte de Furtar”, de autor anônimo, escrito provavelmente em 1652, dedica um de seus capítulos a descrever “Como os maiores ladrões são os que têm por ofício livrar-nos de outros ladrões”. Em linguagem barroca, descreve “para se livrarem de ladrões – que é a pior peste que os abrasa – fizeram varas que chamam de justiça, [...] fortalecendo-os com provisões, privilégios e armas. Mas, (esses agentes) virando tudo de carnaz (avesso) para fora, [...] são os que maior estrago nos fazem.” Ou seja, num modelo parecido com o da máfia e com a venda de proteção por milícias privadas, estabelecem-se “regras de convivência” com a corrupção, suportando-a, contemporizando”; 3. Na apresentação desse livro, João Ubaldo Ribeiro indaga, bem a propósito, em 1992 (ano da cassação de Collor): “Somos o único povo a padecer sempre das mesmas mazelas, a elas para sempre condenado?”; 4. Preocupa-me que líderes políticos e empresariais prefiram “varrer para baixo do tapete” esse pedido de denúncia. A operação Lava Jato está desvendando um gigantesco conluio entre os poderes econômico e político. Como lembrou Delfim Netto em recente entrevista, quando o poder econômico aprisiona o político, cai um pilar essencial da democracia e do estado democrático de direito; 5. Finalmente, vale lembrar Montesquieu, “a virtude política é a mola que faz mover o governo republicano, como a honra faz mover a monarquia”, e a força a ditadura”; 6. A esta altura da vida nacional, optar por postergar investigação de fatos que chocam os mais “ousados”, terá consequências nefastas para a sociedade brasileira, beneficiando os malfeitos e os malfeitores.


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