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Até quando pagaremos a conta?


Luiz Carlos Amorim A reforma da previdência é inadiável, não se pode negar, outras reformas também são, e qualquer que fosse o presidente no poder teria que fazê-las, obrigatoriamente. Não importa se desse ou daquele partido, as reformas são urgentes. Aliás, já deveriam ter sido feitas há muito tempo, e esse é um ponto importante, que deve ser levado em conta: não gosto do atual presidente, acho que é, simplesmente, o “político” padrão da atualidade - e isso não é um elogio, absolutamente, mas tenho que admitir que o estado em que se encontra o Brasil hoje, quebrado, não é coisa do governo dele, a não ser pelo fato de que ele já fazia parte do governo anterior. O estrago já vem de bem antes. A contenção, a ocultação dos problemas, pelos últimos governos, o fato de esconderem a verdadeira situação de tudo neste país e de escamotearem, de maquiarem as coisas, de segurarem preços que precisavam ser atualizados, para parecer que tudo ia bem, tinha que resultar num estouro, num desmascaramento. Algum dia a verdade teria que aparecer, e apareceu. Estourou na mão dos próprios “governantes” que provocaram tudo, mas tiveram a sorte de tirar o corpo fora na hora certa e deixar o abacaxi nas mãos de outros sedentos de poder a qualquer custo, que também só querem fazer com que alguém pague a conta. E adivinhem quem é esse alguém? O povo, claro. Então, aí está o país falido, roubado, acabado. E os “políticos” de plantão em polvorosa, projetando uma reforma da previdência que vai fazer o cidadão brasileiro trabalhar até morrer: para se aposentar, ele precisará contribuir por 49 anos. O interessante é que os políticos “desviam” o dinheiro público e quem tem que repor o que foi roubado é o povo, o cidadão brasileiro. O mesmo cidadão que pagou os impostos e taxas que compõe o dinheiro público, o dinheiro que enche os cofres públicos. Todos que “desviaram” recursos públicos deveriam devolver aos cofres públicos o que roubaram, com juros e correção. Mas não é bem o que acontece, muito pouco dinheiro “desviado” é recuperado. Alguns dos “políticos” que “desviaram” dinheiro público até estão presos, mas todos devolveram o que foi “desviado”? E os outros, que nem na cadeia estão? A solução é sempre muito fácil: sumiu o dinheiro, o povo paga de novo, paga em dobro. E mais, os “políticos” no poder são rápidos em querer que os cidadãos brasileiros trabalhem por, no mínimo, 49 anos, mas não falam em cortar os salários milionários, privilégios e regallias de veradores, prefeitos, deputados, senadores, ministros, presidente, etc, que nós, o povo, pagamos. Se fizessem isso, um bom dinheiro permaneceria nos cobres públicos, para serem usados em favor do povo, como deve ser. E se não “desviassem” dinheiro público, então, o país teria dinheiro para tudo o que precisa ser feito na saúde, na educação, na segurança, na mobilidade e tudo o mais, e todos estariam empregados e consumindo plenamente, aumentando ainda mais a arrecadação de impostos e, consequentemente, de recursos públicos. Perceberam que não falei a palavra corrupção, em todo o texto? Não precisou, ela está por trás de tudo e é redundante mencioná-la.


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