Entre Marcílio Dias e Figueirense nesta quarta-feira em Camboriú. Com uma reação espetacular, o Marinheiro venceu na raça, em um campo pesado por conta da forte chuva. A torcida também fez sua parte e foi recompensada com mais uma virada histórica. O resultado quebrou um tabu de mais de seis anos sem bater o Figueirense. Em um campeonato de muitos empates, cada vitória é fundamental.

Um time de laterais

Na estreia em Blumenau, já havia comentado que Neguette, zagueiro de origem, não havia se adaptado bem à lateral esquerda. Novamente Guilherme Macuglia o escalou nesta posição e o camisa 6 não agradou. Com a entrada de Murilo na lateral, Neguette foi deslocado para atuar como volante e, além de dar mais consistência àquele setor, fez o lançamento para Soares marcar o seu gol.

O técnico colocou ainda dois laterais direitos no segundo tempo: Iury para jogar de ponta e João Neto de lateral, puxando Thoni para o meio de campo. No fim, um time com cinco laterais, se contarmos com Neguette, deu mais velocidade ao jogo e deixou o Figueira confuso. A formação com João Neto na lateral e Thoni pelo meio é uma ótima opção para a sequência do campeonato.

Matador

Schwenck já havia caído nas graças da torcida no ano passado, quando marcou sete gols pelo Marcílio, quatro contra o Avaí. Neste ano, voltou ainda mais implacável. Guerreiro, chamou a responsabilidade para si. Fez dois belos gols contra o Figueirense e já soma três neste Catarinense. Está justificando o investimento, como fez em 2014.

Robertão

O primeiro jogo do Marinheiro no estádio Robertão, em Camboriú, foi um grande teste para a estrutura do local. Com nove rádios e duas equipes de TV ao vivo, uma queda de energia logo aos 11 minutos. Mesmo com a luz restabelecida, algumas das ótimas cabines de rádio, inclusive da Univali FM, tiveram uma nova queda de energia, que tirou as emissoras por alguns minutos do ar.

Apesar dos imprevistos, a equipe da Fundação de Esportes da cidade se mostrou muito prestativa. Para o jogo contra o Avaí, quando a cobertura da imprensa deve ser semelhante, Marcílio e Fundação precisam avaliar os problemas desta quarta-feira e tentar corrigir possíveis falhas.

Pés no chão

É o que deve manter o torcedor e, principalmente, o elenco marcilista para a sequência do Estadual. No sábado o desafio será contra o Joinville fora de casa, às 19h30. O JEC vem de dois empates e está pressionado pela sua torcida a buscar o título que não conquista desde 2001. Jogo dificílimo, mas um gol do Marcílio irá voltar toda a Arena contra o time da casa. Néverton pode ter condições de jogo já neste sábado e, se tiver, é o cara que pode fazer a diferença no contra-ataque rubro-anil.