Senador três vezes por Roraima, Romero Jucá – Ministro do Planejamento, num passe de mágica resolveu licenciar-se para voltar a exercer seu mandato.

Tal fato não causaria tamanho alvoroço, se essa decisão não fosse sucedida da publicação de diálogos entre Jucá e Sérgio Machado – ex presidente da Transpetro, isto porque chegou a afirmar que “não devia nada a ninguém” e “não havia motivo para afastamento”.

No primeiro momento, não me parece que o atual governo tem mantido a palavra, primeiro a extinção/recriação do Ministério da Cultura, e agora o licenciamento repentino de Jucá.

Pressão dos artistas? Saída honrosa de Jucá? Não é o que parece!

Romero é alvo de investigações, das quais está sob suspeita de ter recebido propina do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

A veracidade do diálogo foi confirmada por Jucá, e ao que tudo indica, tornou-se público por um susposto acordo de delação premiada do próprio Machado.

Holofotes agora para Jucá! Piada nacional.

De um lado o principal peemedebista articulador do Impeachment, de outro, o ex-presidente da Transpetro indicado pelo próprio PMDB, e a Dilma na plateia esbravejando que o golpe foi desmascarado.

Como relatou Machado, a situação é gravíssima, sem dúvida nenhuma, especialmente o cunho da conversa que tornou pública para tentar salvar sua pele. O governo de Temer mal assumiu, e já está em crise!

A insegurança política, jurídica e econômica cruza o país, ser brasileiro deixou de ser motivo de orgulho, não temos governantes dignos e eles não nos representam.

Falaram até em possível existência e posterior validação de um acordo nacional, envolvendo até o Supremo Tribunal Federal, corte máxima do país que acreditamos ser blindada.

O Brasil caiu nas profundezas da corrupção, ou melhor, o tsunami chamado Lava Jato parece ter atingido esse navio e agora os ratos.