Por Alfa Bile - alfabile@gmail.com
Fotógrafo, poeta e escritor. Autor do livro Lume, suas obras Fine Art já decoram hotéis como Hilton e Mercure. Publicado pela National Geographic e DJI Global @alfabile | @alfabilegaleria
Publicado 08/12/2025 08:57
Alterado 08/12/2025 10:24
Hoje, convido vocês a falar sobre desertos. Não aquelas vastidões geográficas de areia e calor escaldante, mas as paisagens áridas que, por vezes, habitam nosso coração e nossa mente.
Escrevi estes versos como um desabafo, refletindo sobre a falta que certas pessoas nos fazem. Falo daquelas presenças tão marcantes que, ao se ausentarem, deixam não apenas silêncio, mas um vácuo. É uma sensação curiosa, essa urgência de extirpar a solidão, a qual tentamos combater nutrindo-nos de memórias e doces utopias.
O poema a seguir é um retrato dessa travessia.
Desertos
Às vezes, atravesso meus próprios desertos,
caminhando como quem evita se perder na miragem.
É sufocante quando tua ausência me invade.
Sem você, o mundo acinzenta —
um vazio onde ecoa meu desespero.
Mas eu não pereço. Eu desejo.
E, persistente, sigo.
Porque viver ainda vale a pena…
sempre que você volta.
Quem nunca experimentou tal aridez? Creio ser um sentimento universal. A travessia se torna suportável, contudo, quando temos a esperança de que aquele espaço oco será novamente preenchido. E não falo apenas do amor romântico; a verdadeira amizade possui a mesma força gravitacional, capaz de transformar nossos desertos internos em oásis.
Vocês concordam?
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Publicado 05/12/2025 19:52