Por Flávio Perez - redacao@diarinho.com.br
A bordo do esporte
Publicado 26/07/2025 16:14
O Barco Brasil está pronto para a estreia da maior e mais icônica regata do planeta. Celebrando seu centenário, a Fastnet Race larga neste sábado (26/7) no porto inglês de Cowes. Mais de 460 barcos estarão reunidos na raia. Entre eles, 31 na Class40, categoria do único representante brasileiro na disputa.
Fundada em 1925, a Rolex Fastnet Race é uma regata offshore bienal organizada pelo Royal Ocean Racing Club, que reúne a nata dos velejadores de todo o mundo. A regata leva o nome do Rochedo Fastnet, que contorna o percurso, e atrai a maior frota mundial de veleiros, com 430 participantes em 2023.
Considerada uma das mais difíceis e taticamente desafiadoras do planeta, a prova tem sido determinante no crescimento das regatas de oceano e nos avanços em design e tecnologia de barcos.
Na edição deste ano, os competidores largarão em Cowes, na costa sul da Inglaterra, saindo de Solent pelo Canal das Agulhas, e seguirão pela costa sul da Inglaterra em direção ao oeste descendo o Canal da Mancha. Depois de cruzar o Mar Céltico, contornarão o Rochedo Fastnet, na costa sudoeste da Irlanda. Retornando praticamente pelo mesmo caminho, a regata contorna as Ilhas Scilly antes de terminar em Cherbourg, na França, com previsão de chegada em 3 de agosto.
Na Class40, os veleiros estão divididos entre Scows, barcos mais modernos com proa ampla, e os Sharp, com proa fina, e receberão classificações diferentes para as duas divisões. O Barco Brasil será um dos três Sharps na disputa.
"Às vésperas da Fastnet, a expectativa e a sensação de responsabilidade são muito grandes. Sabemos que será uma participação histórica de um veleiro brasileiro numa competição também histórica, centenária", destaca o comandante José Guilherme Caldas.
"Também será um grande teste para a Globe40, nosso principal objetivo. Na Globe40 teremos treze Class40, apenas dois Scows e onze Sharps como o nosso. Um deles, o Volvo 187, estará também na Fastnet."
Além do comandante José Guilherme Caldas, a tripulação inclui ainda o co-skipper do Barco Brasil na Globe40, Luiz Bolina. "Estamos na maior expectativa. Ontem estivemos na festa, foi muito bacana, tem muita gente aqui. E hoje passamos o dia nos últimos preparativos, analisando também as previsões passadas na reunião com os comandantes. Acho que vamos andar bem", conta Bolina. A eles junta-se Jean Pierre, argentino naturalizado francês que já velejou com Zé Guilherme na Transat Jacques Vabre, e o novato Marcelo Malagutti, estreante em longas travessias.
Esquenta para a Globe 40
A desafiadora Fastnet Race será o último teste do Barco Brasil antes da Globe 40. De Cherbough, na França, a equipe partirá para o "esquenta" da volta ao mundo em duplas, um prólogo no porto francês de Lórient, em 31 de agosto.
A largada oficial está prevista para 14 de setembro, em Cádiz, na Espanha. De lá, os Class40 partem para uma travessia do Atlântico até Mindelo, em Cabo Verde, seguindo para o Cabo da Boa Esperança e as Ilhas Reunião.
A jornada continua pelo Oceano Índico até Sydney, na Austrália, depois cruza o Pacífico até Valparaíso, no Chile. Um dos momentos mais desafiadores será o contorno do Cabo Horn, seguido da subida pela costa brasileira até Recife, antes da chegada final em Lorient, na França.
Foto: Carlo Borlenghi
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