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NBA prepara entrada na Europa e promete agitar o basquetebol mundial

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A NBA está prestes a dar o maior salto da sua história. A liga norte-americana de basquetebol quer instalar-se na Europa. A ideia é clara: criar uma competição profissional à imagem do que se faz nos Estados Unidos. Com equipas em cidades como Londres, Paris ou Madrid, o projeto ganha forma e pode revolucionar o desporto no Velho Continente.

A proposta envolve uma nova liga com 16 clubes. Doze teriam lugar fixo. Quatro seriam rotativos, consoante os resultados nas ligas nacionais. Um modelo que mistura a estabilidade americana com a competitividade europeia. Um verdadeiro “palpite basquete” que pode mudar tudo.

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NBA + FIBA: A aliança improvável

A grande novidade está na parceria com a FIBA. Pela primeira vez, a federação internacional junta-se oficialmente à NBA para planear esta expansão. O objetivo é garantir legitimidade, evitar choques com as federações europeias e respeitar o calendário das seleções.

Os jogos teriam 40 minutos, como manda a tradição europeia. Mas tudo o resto será à americana: grandes arenas, contratos milionários, estrelas internacionais e marketing à escala global. A nova liga já tem cidades em estudo: Berlim, Milão, Roma, Istambul, Atenas, Barcelona e até Manchester estão entre as preferidas.

Cada franquia poderá valer até 500 milhões de dólares. Os investidores já se posicionam. A Europa pode estar a viver o início de uma nova era no basquetebol.

EuroLiga reage com força

Do outro lado da barricada está a EuroLiga. A principal competição de clubes na Europa não quer perder terreno. Como resposta, já anunciou o aumento para 20 equipas e prepara mudanças estruturais, incluindo um possível sistema de conferências.

Os clubes estão divididos. Uns vêem na NBA uma oportunidade. Outros temem perder identidade, adeptos e autonomia. A tensão cresce nos bastidores. O Unicaja, de Málaga, já ameaçou recusar a EuroLiga caso o modelo seja insustentável financeiramente.

Tudo indica que o basquetebol europeu está a caminho de um confronto entre dois mundos. E ninguém sabe como vai acabar.

O exemplo africano e os testes globais

Esta não é a primeira aventura da NBA fora dos EUA. A Basketball Africa League (BAL), lançada em 2021 em parceria com a FIBA, é vista como um sucesso. Com equipas de vários países africanos, o modelo serviu de teste e ganhou respeito.

Na Europa, os jogos de exibição da NBA esgotam bilheteiras. Os fãs adoram. Os índices de audiência são altíssimos. Com ídolos como Luka Dončić, Giannis Antetokounmpo e Nikola Jokić, o continente já está fortemente ligado à liga americana. Agora, o passo é criar algo permanente.

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Palco pode ser Los Angeles 2028

Apesar do entusiasmo, Adam Silver, comissário da NBA, garante que tudo ainda está em estudo. A previsão mais realista aponta para um arranque em 2027 ou 2028. Coincidência ou não, o ano dos Jogos Olímpicos de Los Angeles pode ser o palco ideal para o anúncio oficial.

A nova liga teria um calendário próprio, sem chocar com os campeonatos nacionais. Pelo menos é essa a promessa. Mas poucos acreditam que não haverá fricções. O número de jogos por época já é elevado. E aumentar ainda mais pode causar problemas físicos e logísticos.

O que ganha e perde a Europa?

A chegada da NBA traz dinheiro, visibilidade e talento. Mas também levanta dúvidas. O modelo de franquias, típico dos EUA, não tem tradição na Europa. E os adeptos estão habituados a clubes com história, ligação local e promoção/despromoção.

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Há quem tema uma “americanização” do desporto. Outros vêem uma chance de modernização. Certo é que a NBA não vem brincar. Vem para ficar. E vai disputar espaço com tudo o que já existe.

As federações nacionais, os patrocinadores e os órgãos de comunicação social preparam-se. O futuro do basquetebol europeu joga-se agora fora do campo.

Jogadores e treinadores divididos

Alguns atletas europeus da NBA manifestaram apoio ao projeto. Luka Dončić, por exemplo, afirmou que “seria incrível jogar pela sua cidade natal num palco de alto nível como a NBA oferece”. Já outros, como o ex-jogador espanhol Rudy Fernández, alertam para os perigos: “Podemos estar a vender a alma do nosso basquetebol”.

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Entre treinadores, a discussão também é acesa. Gianmarco Pozzecco, selecionador de Itália, afirmou que “qualquer movimento que valorize o jogador europeu é positivo”. Já Ergin Ataman, treinador do Panathinaikos, teme “a criação de uma elite desconectada do basquetebol local”.

O lado financeiro da jogada

Para além do desporto, esta é uma batalha de milhões. Empresas de media e patrocinadores já estão em negociações com a NBA para garantir direitos de transmissão na Europa. A expectativa é que a nova liga movimente entre 2 e 3 mil milhões de dólares por época. Um valor que pode deixar a EuroLiga numa posição frágil.

Plataformas de streaming, como a DAZN, podem assumir papel central na distribuição dos jogos. O modelo de subscrição pode tornar-se padrão, o que levanta questões sobre acessibilidade e cobertura dos media tradicionais.

A incógnita dos adeptos

No final, quem ditará o sucesso ou fracasso deste projeto serão os adeptos. Se abraçarem a nova liga, o caminho estará aberto para a consolidação. Mas se resistirem, mantendo-se fiéis aos clubes tradicionais, o projeto pode ficar comprometido.

Tudo dependerá de como a NBA comunicará a sua visão. Respeitar a cultura europeia, integrar símbolos locais e valorizar a identidade dos clubes pode ser o trunfo para conquistar corações e carteiras.



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