Parque linear do rio Marambaia vai custar R$ 13 milhões
Parque pode ser bancado pelas outorgas da construção civil de Balneário Camboriú; projeto vai ser votado na câmara
João Batista [editores@diarinho.com.br]
São 800 metros do canal que corre da rua 2001 até a foz, junto ao molhe da Barra Norte
(fotos: João Batista)
Está tramitando na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú o projeto de lei que autoriza a captação de dinheiro por meio de outorgas onerosas da construção civil para a implantação do Parque Linear do canal do Marambaia, que corta a região norte da Dubai brasileira.
A obra está orçada em R$ 13 milhões, prevendo serviços de infraestrutura, paisagismo e arborização, pavimentação e mobiliário urbano em quatro setores no entorno do canal do Marambaia. ...
A obra está orçada em R$ 13 milhões, prevendo serviços de infraestrutura, paisagismo e arborização, pavimentação e mobiliário urbano em quatro setores no entorno do canal do Marambaia.
O canal corre a céu aberto por cerca de 800 metros, desde a rua 2001 até a foz, junto ao molhe da Barra Norte.
Ponto de lazer
A proposta é transformar o trecho num novo ponto turístico e de lazer da cidade. As margens do canal vão ganhar calçadas acessíveis, dog park, parquinho infantil, paisagismo e áreas de lazer e de contemplação. O projeto do parque existe desde 2012 e é assinado pelo escritório Arquipólis, do arquiteto Ênio Faqueti.
No mês passado, a obra foi discutida em reunião do prefeito Fabrício Oliveira (PL) e do diretor-geral da Emasa, Julimar Dagostin, com o presidente da Associação dos Moradores do bairro Pioneiros (Ampi), César Rafael Sedrez Gonzaga e Ênio Faqueti, que integra o grupo de trabalho da Ampi pra implantação do parque.
Recuperação ambiental
Além de novos espaços verdes e melhorias na qualidade de vida da população, as intervenções previstas também pretendem ajudar na despoluição e revitalização do Marambaia, melhorando a infraestrutura urbana para o desenvolvimento sustentável, preservação ambiental, segurança e saneamento da região.
Segundo o prefeito, as ações de recuperação do rio terão continuidade com uma nova etapa da dragagem e reforço do programa Se Liga na Rede, que fiscaliza ligações irregulares de esgoto e o despejo clandestino de efluentes no Marambaia.
A parte restante da dragagem, iniciada no ano passado, envolve o trecho entre as pontes da rua Julieta Lins e da avenida Atlântica.
Obras a partir do meio do ano, espera presidente da associação
O presidente da associação do Pioneiros, César Rafael Sedrez Gonzaga, defende a importância da retomada do projeto. “Conseguimos desengavetar esse projeto do arquiteto Ênio Faqueti de 2012, que pra mim já é uma conquista memorável da Ampi”, comenta. Segundo informa, no momento está em estudo a viabilidade ambiental para o projeto e o Instituto de Meio Ambiente (Ima) já foi consultado.
A expectativa da associação é que a obra inicie até meados do ano. Com a construção usando recursos de outorgas, Gonzaga acredita que a parte financeira não será problema. Ele ainda explicou que as adequações ao relevo atual, para que o projeto caiba nas margens do ribeirão, também estão em andamento.
“O levantamento topográfico e da atual situação das margens e suas mudanças nesta década, estão em estudo”, disse. O trabalho envolve todo o inventário ambiental da área. Gonzaga destaca que o prefeito Fabrício foi muito receptivo e “comprou” imediatamente a ideia de executar essa obra, esperada como um novo cartão postal de BC.
“Estamos ansiosos pelo início da obra, que trará outro olhar para esse ribeirão entre concreto e avenidas”, avalia. Atualmente, o canal tem só 800 metros a céu aberto. O restante dos 2400 metros do ribeirão, que cortava até o centro, está canalizado e não é mais visível.
Deques e arborização no projeto
As obras serão divididas em quatros setores, de acordo com os projetos técnicos. As áreas vão ganhar sistema de drenagem, pisos permeáveis, deques de madeira, piso tátil, sistemas de iluminação, de segurança e sanitário, arborização, canteiros, bicicletários, bancos e lixeiras.
Os investimentos virão de recursos da operação urbana consorciada do Marambaia, cujo projeto já foi encaminhado à câmara e aguarda parecer da Comissão de Justiça e Redação. A construção do parque ainda dependerá de licenciamento ambiental e licitação.
“A criação desta Operação Urbana Consorciada é necessária diante das demandas atuais por intervenções coordenadas e estruturadas que possibilitem o desenvolvimento urbano sustentável, aprimorando a qualidade de vida dos cidadãos e promovendo a preservação do patrimônio ambiental, cultural e paisagístico da região”, explica o prefeito FO no projeto.
Novo hotel Marambaia
Também está em andamento na câmara o projeto especial do “Novo Marambaia”, que prevê um complexo residencial, hoteleiro e de lazer onde hoje é o hotel Marambaia. O prédio com a histórica fachada redonda do local será preservado. O empreendimento vai se integrar ao futuro parque do canal do Marambaia.
O projeto de lei está pronto pra votação. O texto aprova a deliberação do Conselho da Cidade sobre a obra e autoriza o município a analisar o projeto para construção do empreendimento, com 252 vagas para uso de hotelaria.
Uma série de contrapartidas é prevista, como a revitalização da estrutura original do edifício histórico do Marambaia, que terá acesso público com jardins, museu, lojas e restaurantes. Ainda haverá a implantação de passeios conectando a avenida Atlântica com a Brasil, revitalização da ponte da rua Osmar de Souza Nunes e reconstrução da travessia de pedestres entre a Atlântica e a rua Julieta Lins.
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