Moradora do bairro Cidade Nova morre vítima de dengue; Itajaí sofre epidemia
Itajaí tem 1607 casos investigados da doença. Santa Catarina registra alta nos casos e oito mortes em 2024
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Itajaí vive epidemia de dengue (Foto: Divulgação)
Itajaí tem uma morte por dengue e 1607 casos prováveis
(Foto: Divulgação PMI)
Uma paciente de 60 anos, moradora do bairro Cidade Nova, foi a primeira vítima fatal da dengue em Itajaí neste ano. A confirmação foi feita pela secretaria de Saúde na tarde de quinta-feira.
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A moradora do Cidade Nova contraiu a doença dentro da cidade e faleceu no dia 7 de fevereiro. Santa Catarina tem oito mortes por dengue só em 2024.
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A moradora do Cidade Nova contraiu a doença dentro da cidade e faleceu no dia 7 de fevereiro. Santa Catarina tem oito mortes por dengue só em 2024.
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Em Itajaí, 425 pessoas já contraíram dengue em 2024 e já foram registrados 1607 casos prováveis da doença, o que colocou Itajaí em situação de epidemia.
No período de 31 de dezembro de 2023 a 10 de fevereiro de 2024, foram notificados 2100 casos suspeitos de dengue em Itajaí, sendo 1607 considerados casos prováveis e 426 descartados.
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A metodologia de “casos prováveis” para avaliação da situação da dengue foi adotada a partir deste ano pelo Estado. A classificação leva em conta todos os casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos, com exceção dos descartados.
Atualmente, os bairros com maior taxa de transmissão são Cordeiros (254 casos), Barra do Rio (69 casos), São Vicente (23 casos) e Cidade Nova (21 casos).
Segundo a secretaria, todas as medidas de prevenção no entorno dos locais onde os casos foram confirmados já foram adotadas. Entre elas a orientação de casa em casa para eliminação de criadouros e aplicação de inseticida UBV em áreas de risco.
Situação de epidemia
A Secretaria de Estado da Saúde define epidemia de dengue quando a taxa de incidência acumulada atingir 300 casos prováveis a cada 100 mil habitantes por três semanas consecutivas. Considerando que Itajaí tem 264.054 habitantes, a taxa de incidência acumulada chegou a 599,11 por 100 mil habitantes, confirmando nova epidemia desde 11 de fevereiro.
Oito mortes em SC
O relatório divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) na tarde de quinta-feira mostrou que Santa Catarina teve oito mortes causadas por dengue só neste início de 2024. Além de Itajaí, São Francisco do Sul e Araquari registraram uma morte por cidade. Já Joinville lidera o ranking negativo com cinco mortes. Outras três mortes seguem em investigação em Itapiranga, Itapoá e Penha.
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O relatório também mostrou alta nos casos da doença em SC. Já foram registrados 13.002 casos prováveis de dengue em 175 municípios – um aumento de 654,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Também foram identificados 11.471 focos do Aedes Aegypti em 207 cidades, sendo que 155 desses locais são considerados infestados pelo mosquito.
O diretor de vigilância epidemiológica, João Augusto Brancher Fuck, explica que ao apresentar febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele, a pessoa deve procurar rapidinho um serviço de saúde.
Donos de fazenda não deixam prefeitura limpar valas
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Água represada alaga ruas e terrenos e pode causar criadouros de mosquito da dengue (foto: leitor)
Enquanto Santa Catarina registra aumento no número de casos e mortes por dengue, um morador da comunidade de Santo Antônio, no bairro Boa Vista, em Ilhota, reclama que os responsáveis pela fazenda Pamplona não têm autorizado as máquinas da prefeitura a entrar na propriedade pra fazer a limpeza de valas que cortam as pastagens.
Com isso, famílias da localidade sofrem com alagamentos quando chove. “Essas valas estão completamente entupidas e causam o represamento das águas das chuvas nos imóveis da comunidade. Isso tem causado preocupação com a grande proliferação de mosquitos que está havendo na localidade”, conta o morador. O problema já afetou o bairro nas chuvas de janeiro e persiste com os temporais nesta semana.
A água represada alaga ruas e terrenos, favorecendo criadouros de mosquito da dengue. A prefeitura de Ilhota chegou a iniciar a limpeza, mas o trabalho não avança na área de pastagens da fazenda. As valas desembocam no rio Itajaí-açu e estão bem assoreadas, prejudicando a drenagem. “Tinha a necessidade de entrar na fazenda, o que ainda não foi autorizado”, diz o denunciante.
A prefeitura esclareceu que tenta resolver o problema por meio das Secretarias de Obras e de Meio Ambiente. De acordo com o município, as equipes estão em contato com os donos da fazenda pra que seja possível alguma medida que permita a realização das melhorias.
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