O laudo da perícia na BMW estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú, em que quatro jovens morreram na manhã do dia 1º de janeiro, pode apontar que a customização feita no escapamento do carro provocou o vazamento de gás que teria causado a morte do grupo. A polícia já identificou a oficina em que as alterações no veículo foram feitas e o mecânico pode ter que responder na justiça pelas mortes.
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O laudo da Polícia Científica irá confirmar se a causa das mortes foi mesmo intoxicação por monóxido de carbono. Foram encontrados sem vida Gustavo Pereira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida ...
O laudo da Polícia Científica irá confirmar se a causa das mortes foi mesmo intoxicação por monóxido de carbono. Foram encontrados sem vida Gustavo Pereira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19 anos, Nicolas Oliveira Kovaleski, de 16 anos e Thiago de Lima Ribeiro, de 21 anos. Eles eram de Minas Gerais e moravam há cerca de um mês em Florianópolis.
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A polícia encontrou uma perfuração no sistema de escapamento do carro. Por ali, o gás tóxico teria invadido o carro pelo sistema de ar-condicionado. A BMW era novinha, ano 2022, mas havia uma modificação no escapamento para “fazer mais barulho”. O carro também teria uma avaria no para-choque.
Morreram na rodoviária
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Os corpos não tinham qualquer sinal de violência e não foram encontradas drogas ou bebidas alcoólicas no carro. A parada na rodoviária foi para encontrar a namorada de Gustavo, Geovana, que chegou de ônibus de Brasília por volta de 3h e ficou algumas horas com o grupo, mas não permaneceu o tempo todo dentro da BMW, sobrevivendo à intoxicação.
Na rodoviária, as vítimas ficaram cerca de quatro horas dentro do carro com o ar-condicionado ligado. Quando o atendimento do Samu chegou, às 7h29, os jovens já estavam sem vida.
Com as longas filas em BC, eles passaram quase duas horas dentro do veículo com o ar-condicionado ligado antes de chegar à rodoviária, sofrendo a primeira intoxicação com o gás.
Eles haviam comido cachorro-quente durante a noite de réveillon e acreditavam que estavam passando mal por conta do lanche. Cansados e sonolentos – sintomas da intoxicação – eles decidiram ficar no carro até se recuperar, mas mantiveram o motor e o ar ligados e acabaram intoxicados até a morte, acredita a Polícia Civil, que investiga o caso.