A compositora, cantora e atriz Liniker fez história ao se tornar a primeira mulher transexual imortal pela Academia Brasileira de Cultura. Liniker ocupará a cadeira 51, que já pertenceu a Elza Soares. O vídeo do momento histórico viralizou.

A cerimônia de posse foi na terça-feira no Rio de Janeiro. “Assumir esse lugar, a cadeira 51, que foi de Elza Soares, nossa eterna voz, no Brasil em que vivemos, com os recortes que perpassam meu corpo, é surreal e gigantesco. Nunca achei que seria possível ser considerada assim, por não imaginar mesmo, por ser distante. No meu peito se encontra um certo silêncio preenchido por emoção, por imaginar minha trajetória até aqui, pensando em tudo o que eu já escrevi e ainda escreverei, cantarei, interpretarei, assimilarei e construirei junto à cultura brasileira”, disse.

Liniker vem se destacando no cenário musical desde o lançamento do álbum “Cru”, em 2015, com o sucesso “Zero”. Ela integrava a banda Liniker e os Caramelows, que se separou em 2020. No ano passado, ela conquistou o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, também sendo a primeira pessoa trans a receber o prêmio.

Como Liniker participou de produções como “3%” na Netflix, “Manhãs de Setembro” na Amazon Prime, e fez participações na novela “Cara e Coragem” da Rede Globo.