Camboriú
Padre acusado de abuso sexual foi vítima de fake news
Padre foi vítima de fake news, explica a polícia
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

A justiça arquivou o inquérito policial aberto para investigar um padre da Igreja Católica de Camboriú acusado de abuso de crianças. O sacerdote chegou a ser afastado de suas funções na igreja, enquanto a polícia apurava o suposto crime. Além do arquivamento do caso, a polícia descobriu que pessoas próximas ao padre foram responsáveis por espalhar as fakes news. Elas devem ser processadas.
Segundo o advogado do padre, Guilherme Campestrini, ele já teve o afastamento revogado e já pode voltar a exercer as funções sacerdotais. O caso foi denunciado ao DIARINHO em outubro de 2022, após uma foto do padre se espalhar pelas redes sociais com a acusação de que ele abusava de crianças.
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A investigação da Polícia Civil chegou até a origem das denúncias e confirmou que elas eram falsas. Para elucidar o caso, o delegado Ricardo Saroldi ouviu várias testemunhas, como outros padres e pessoas da comunidade.
O promotor Luis Felipe de Oliveira Czesnat, do Ministério Público, concluiu pelo arquivamento do processo por falta de provas, decisão que foi acatada pela juíza Naiara Brancher, da Vara Criminal de Camboriú. Assim que a Diocese da Igreja Católica em Santa Catarina recebeu as informações da justiça, o padre pôde voltar a exercer suas funções na igreja na paróquia de Camboriú.
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Segundo o advogado Guilherme, os autores das fakes news agiram em conluio, fizeram uma montagem com a foto do padre e espalharam pelas redes sociais na região. “Os denunciantes eram pessoas próximas do padre. Ele se horrorizou ao saber o que fizeram. Chegaram a espalhar via WhatsApp uma montagem com a foto dele. Foram meses sofrendo até que, enfim, conseguimos pôr um fim nesta história”, destacou o defensor.