A Polícia Civil confirmou o nome do suspeito: Emanoel Juliano Stonoga, o popular Picanha, de 40 anos. Outro detalhe revelado foi o carro, um Tempra preto, dirigido pelos atiradores, que carregaram o corpo até o veículo e desapareceram com ele. Ninguém sabe se a vítima morreu realmente.
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Ainda de acordo com os policiais, foram pelo menos cinco tiros disparados – um na porta do bar, localizado na rua Ambrósio Melchioretto, e outros quatro disparos dentro do estabelecimento. Não se sabe ainda quantos tiros atingiram Picanha.
Testemunhas contaram que ele já estaria morto ao ser retirado do local. As polícias Civil, Militar e Científica, que estiveram no bar, evitam falar em homicídio, e tratam o caso como tentativa de homicídio – por conta justamente do “roubo” do corpo.
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Varreduras da polícia ocorreram durante a madrugada, e até flagraram uma ocorrência de tráfico de drogas, com suspeitos presos, mas não localizaram o Tempra, nem os atiradores, e muito menos o suposto cadáver.
Uma das testemunhas, segundo a polícia, informou que não foi a primeira vez que procuraram por Picanha no bar. Essa mesma testemunha afirmou que, após os tiros, houve gritaria no local, e alguém falou “leva o corpo, leva o corpo”. Foi aí que Emanoel foi colocado dentro do Tempra e rolou a fuga. O rastro de sangue ficou espalhado pelo local.
A PM também fez buscas no entorno do bar, após informações desencontradas de que o corpo teria sido jogado num matagal próximo. Houve disparos em direção aos policiais, mas os suspeitos fugiram.
Casal caiu com droga
Durante as buscas, uma segunda ocorrência foi registrada pelos policiais que tentavam encontrar o corpo de Picanha ou os atiradores. Segundo a PM, um casal de suspeitos, de iniciais D. I. S. e A. R. S., idades não divulgadas, foi abordado na rua Feliciano José Coelho.
Os PMs logo descartaram o envolvimento do casal no crime de Picanha, mas eles acabaram presos pelo porte de 600 gramas de maconha, 62 pedras de crack, uma bucha de cocaína, celulares e R$ 889 em dinheiro trocado. D. assumiu o tráfico de drogas, e o casal acabou levado até a central de flagrantes de Itajaí.
Como foi o crime dentro do bar
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Um homicídio seguido do “roubo” do cadáver. Assim teria sido o crime envolvendo o popular Picanha, na noite de terça-feira. Testemunhas do bar onde estava Emanoel revelaram que três agressores entraram no estabelecimento. Um deles armado. Picanha teria reagido e entrado em luta com o trio, e pelo menos quatro tiros foram ouvidos.
Entre as testemunhas, a informação é de que Picanha já estava morto. A PM, entretanto, não confirma a morte, e trabalha com a hipótese de sequestro para eventual acerto de contas.
O bar foi periciado pela Polícia Científica de Balneário Camboriú e a PM pediu imagens das câmeras de segurança da vizinhança, na tentativa de encontrar o carro fugitivo, mas sem sucesso.
Ao DIARINHO, testemunhas informaram que Picanha seria o responsável pela morte de um rapaz assassinado a facadas em 2021 na região do mesmo bar. A vítima, filho de um pregador evangélico conhecido em Barra Velha, teria entrado em atrito com Picanha. A autoria do crime, entretanto, nunca foi comprovada pela polícia..