BALNEÁRIO CAMBORIÚ
Prefeitura não quer indenizar muro detonado por obra pública
Estrutura sofreu rachaduras após demolição de casa para a abertura de avenida
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O aposentado Marcos Francisco Spíndola, de 60 anos, morador da rua Venezuela, no bairro das Nações, em Balneário Camboriú, denuncia que o muro do imóvel dele foi danificado pelas obras da prefeitura para o prolongamento da avenida Martin Luther. De acordo com ele, desde o ano passado o município estaria se negando a pagar a indenização e ignorando o risco de queda.
O muro nos fundos do terreno estava encostado numa casa que foi demolida para a abertura da avenida. Durante o trabalho, o muro foi afetado, sofreu rachaduras e se inclinou.
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Em vistoria no local no ano passado, a Defesa Civil constatou o risco de tombamento devido à “forte inclinação” e às rachaduras em parte da estrutura.
Marcos relata que duas casas atrás de seu imóvel foram demolidas pela prefeitura. Ele conta que os serviços foram feitos por maquinário pesado e que os operadores não tiveram o cuidado necessário na hora da demolição da casa que estava junto ao muro dele.
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Na vistoria da Defesa Civil, o engenheiro responsável anotou que o muro poderia cair se não houvesse serviços de reparação com “certa brevidade”.
“Em isso acontecendo, poderá causar algum dano físico ou material a alguém que inadvertidamente possa estar perto dele”, diz o registro da ocorrência, feita em julho de 2022.
Na ocasião, apenas uma fita de isolamento foi colocada ao longo do muro, demarcando a área de risco pra ninguém se aproximar. A fita já foi levada pelo vento e no momento não há nenhuma sinalização, mas o morador já pediu a recolocação pra Defesa Civil.
“O muro pode cair a qualquer momento. Ele tem quatro metros de altura por 30 metros corridos. A prefeitura não irá fazer indenização, somente se entrar na justiça”, afirma o morador. O município não respondeu sobre a denúncia até o fechamento da matéria.
Martin Luther
O prolongamento da Martin Luther ainda aguarda nova licitação. A concorrência lançada em 2022 acabou revogada após suspensão, impugnações, recursos e contestações de critérios do edital.
A obra prevê a abertura da avenida no trecho entre a rua Uganda e a avenida das Gaivotas em nova fase para o futuro binário com a avenida do Estado Dalmo Vieira.
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