Após vídeos de Emílio Dalçóquio, herdeiro do Grupo Dalçóquio, sugerir bloqueios e ações contra o “comunismo”, a transportadora Dalçóquio, de Itajaí, emitiu nota oficial criticando o posicionamento e informando que ele não faz parte da administração da empresa.

“Frente ao momento em que o país atravessa, sobretudo as declarações dadas pelo Sr. Emílio Dalçoquio, veiculadas nas redes sociais, a empresa tem a obrigação de vir a público e esclarecer aos clientes, entidades públicas, bem como à sociedade em geral, de que, o que pensa ou não pensa o sr. Emílio Dalçoquio não retrata os pensamentos e interesses da administração da empresa, até porque, o sr. Emílio Dalçoquio não ocupa assento na administração da organização, razão pela qual suas declarações são de cunho único e exclusivamente pessoal, não podendo ser associadas a Transportes Dalçoquio nessas aventuras retóricas”, diz um trecho da nota oficial da empresa.

A transportadora ainda esclarece que a empresa tem atendido as autoridades públicas para abastecer os órgãos vitais para a sociedade. “Vez que estaremos sempre em harmonia com os interesses públicos e de força maior”, conclui a nota.

Emílio foi filmado logo após a derrota nas urnas do presidente Jair Bolsonaro (PL), no domingo à noite, falando a um grupo para bloquear as rodovias e impedir “a entrada do comunismo” no Brasil.

“Já vão falando com os seus amigos do agronegócio, dos caminhoneiros... Eu não aceito o Brasil ser comunista. Eu vou morrer, nós vamos morrer. Aqui ninguém é eterno”, disse o herdeiro do grupo Dalçóquio, sendo aplaudido pelo grupo que o cercava.