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Pesquisa mostra onde 35 itens de higiene são mais baratos em supermercados
A dica é prestar a atenção no dia da semana em que os itens têm descontos especiais. Creme apresentou diferença de 147,46%
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Por Renata Rosa
Itens de higiene pessoal como cremes, desodorantes e xampus pesam bastante nas compras, por isso muita gente tem trocado a marca preferida por outra que se encaixe no orçamento. De olho nesta tendência, os supermercadistas têm investido em alternativas mais baratas e feito promoções naquele dia da semana em que o movimento é mais fraco. É o caso do supermercado Giassi, do bairro Fazenda, que derruba o preço dos itens de higiene na segunda. Dos 35 itens pesquisados pelo DIARINHO, 14 estavam bem mais baratos por lá.
Valia a pena comprar no Giassi o pacote de algodão bolinha de 50g (R$ 4,58), cotonete com 75 unidades (R$ 1,95), creme de barbear (R$ 7,98), fio dental de 50m (R$ 9,98), sabonete de glicerina (R$ 2,28) e creme corporal de 200ml (R$ 7,88), entre outros. A medalha de prata foi para o Koch, que faz promoção de itens de higiene e limpeza na segunda e terça-feira. Por lá, nove produtos estavam mais em conta. Algumas das pechinchas são: desodorante aerosol de 150 ml (R$ 7,89), lenço umedecido com 50 unidades (R$ 3,99) e filtro solar fator 50 (R$ 35,90).
Em terceiro lugar aparece o Angeloni, com sete produtos com preço camarada. O mercado da rua Brusque promove itens de higiene e limpeza na quinta-feira. Estavam mais baratos por lá o absorvente com 8 unidades (R$ 3,89), a escova de dente (R$ 3,99), o lenço de papel com 50 unidades (R$ 5,55), o sabonete de 85g (R$ 1,99) e o sabonete de bebê (R$ 3,15).
Na quarta-feira quem faz promoção é o Bistek, que apresentou seis produtos mais acessíveis dos 35 pesquisados. Valia a pena colocar na cesta a acetona (R$ 3,59), o creme de pentear (R$ 9,47), a lâmina de barbear (R$ 4,49) e a pasta de dente de 90g (R$ 2,97).
Creme corporal apresentou a maior diferença de preço da semana: 147,46%
Deixar a pele cheirosa e hidratada tem um preço, e no Giassi a tarefa fica 147,46% mais barata do que no Angeloni. O creme corporal custava R$ 7,88 no mercado da Fazenda, enquanto que no concorrente do centro, o produto mais barato custava R$ 19,50. Em segundo lugar aparece a lâmina de barbear, que custava R$ 4,18 no Giassi e R$ 10,50 no Angeloni, variação de 133,85%. Outros itens que apresentaram grande variação de preço foram: creme de pentear (95,35%), filtro solar 50 (89,13%), escova de dente (87,51%) e creme para o rosto (78,64%). A coleta de preço foi realizada entre os dias 17 e 21 de outubro. Desta vez o Schimit, do bairro Cordeiros, ficou de fora por não ter dia promocional nesta categoria.
Cuidados com higiene pós-pandemia caíram no esquecimento
Foram dois anos e meio de reforço na higiene para evitar o contágio pelo coronavírus, que vitimou quase 700 mil pessoas no Brasil. Mas passado o momento crítico, que lições a pandemia deixou? Será que novos hábitos foram incorporados para evitar um novo surto? O que se observa nos ambientes públicos é que a máscara foi abolida, o álcool gel perdeu protagonismo, o distanciamento social virou lenda e esquecemos a lavagem correta das mãos, que de tão importante para evitar doenças ganhou um dia só seu: 15 de outubro.
Uma pesquisa realizada em 2021, quando todos estavam ansiosos pela vacina, o instituto de pesquisa de mercado Opinion Box ouviu mais de duas mil pessoas e 68% dos entrevistados juravam que manteriam os cuidados com a higiene no pós-pandemia. Mas a proliferação de notícias falsas anti-vacina e anti-medidas sanitárias e a falta de campanha educativa do Ministério da Saúde acabou enfraquecendo o legado pedagógico da pandemia.
“Apesar da pandemia ter arrefecido, com a proximidade das festas de fim de ano e as férias, volta a preocupação com aglomerações e o aumento de doenças infecciosas”, alerta o infectologista Raphael Bertacchini. Ele disse que o álcool gel 70% continua sendo uma boa alternativa para carregar na bolsa caso o local público não tenha água e sabão, que é a melhor barreira para frear vírus e bactérias.
“E não só lavar a mão superficialmente, mas esfregar bem dedos, punhos, unhas, uma boa lavagem leva de 20 a 30 segundos”, ensina. Segundo Raphael, tanto faz usar sabonete em barra ou líquido, e ele não recomenda o uso constante de sabonete bactericida. Isso porque acaba removendo também as bactérias benéficas, diminuindo a defesa contra as que são nocivas e o que é pior: tornando essas bactérias resistentes. O sabonete bactericida é recomendado para ambientes altamente contaminados, como hospitais, laboratórios e postos de saúde.
E se o adulto esqueceu as lições da pandemia, o que dirá as crianças, cuja vacinação está despencando? Doenças extintas como a paralisia infantil voltaram e o aumento exponencial de viroses nas creches provocou até a criação de um termo para o surto de diarreia: “crechite”. Neste caso, a recomendação é isolar a criança das demais por uma semana e separar toalhas, copos e talheres para não infectar o resto da família, além de mantê-la hidratada. Uma caixinha de lenço umedecido dentro da bolsa também ajuda a manter a higiene dos pequenos, só não pode esquecer de secar bem para evitar a proliferação de microorganismos.
Cuidado com a saúde da pele é marca registrada da cultura asiática
Quem acompanha as séries asiáticas na Netflix deve ter reparado como tanto mocinhas quanto mocinhos têm a pele branca e imaculada, quase reluzente. É que, ao contrário do povo do ocidente, que investe no bronzeado, o hábito por lá é se proteger ao máximo do sol e da poluição e caprichar na hidratação. E para alcançar a meta, não pode ter vergonha. Que o diga Mey Pan, 35 anos, que acabou de chegar de uma viagem de dois meses à terra natal.
“Em Taiwan, tem quem saia de luva até o ombro pra evitar escurecer a pele do braço, e nos dias de calor forte, usam até jaqueta e uma viseira tão grande que mal dá para enxergar o rosto”, revela.
Além de visitar os parentes e se deliciar com quitutes apimentados das barraquinhas de rua, ela encheu a mala de produtos para manter a pele saudável.
“É claro que vivendo no Brasil não dá para manter a pele branca, mas fora isso, mantenho a rotina de limpeza e hidratação diária porque levamos a saúde muito a sério”, afirma.
Ela conta que a fartura de cremes, loções e máscaras produzidas em países como Japão e China se torna um incentivo a mais para manter a pele alva. “Lá tem muito produto de boa qualidade baratinho. Uma vez usei a máscara de clareamento todo dia durante uma semana e deu muita diferença. Eles associam o branco à pureza, por isso é tão valorizado”, revela.
Rango vegano
Mey veio morar em Itajaí com a família aos 10 anos e por aqui estudou no Fayal e fez Comércio Exterior na Univali. Mas se achou profissionalmente quando comandou, com a mãe, a cozinha do restaurante vegetariano Yipinxiang, na Caninana, durante cinco anos. O restaurante foi fechado há um ano por causa das obras do porto, mas os fãs de Mey podem ficar sossegados. Ela deve abrir um novo restaurante em 2024, no bairro São Judas. E as obras já começaram.
Até lá, ela se divide entre dar palestras de filosofia e oficinas culinárias para pequenos grupos, ensinando delícias como sushi, guioza e rolinho primavera. Quem não quer esperar, também dá para comprar os quitutes congelados através do instagram @yipinxiang.