ITAIPAVA
Casa Wippel foi demolida no final de semana
Construção datada de 1945 não era tombada pelo patrimônio histórico
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]



A casa Wippel, uma das casas mais antigas do bairro Itaipava, em Itajaí, foi demolida durante o final de semana. Imagens enviadas ao DIARINHO por leitores e também publicadas nas redes sociais mostram a demolição do imóvel no sábado à tarde.
“Tristeza: só quem nasceu na Itaipava vai me entender...”, escreveu uma moradora que postou fotos da casa sendo demolida.
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Ao saber da demolição, o historiador itajaiense Edison D´Ávila revelou que o terreno foi vendido para uma construtora. “A demolição da casa Wippel, de Itaipava, foi uma morte anunciada. O neto do Edmundo Wippel, que construíra a casa, vendeu a uma construtora, o que foi fatal”, resumiu Edison.
Casa à venda desde abril
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Em abril, o DIARINHO havia noticiado o interesse dos herdeiros em vender o grande terreno onde ficava o imóvel, que foi construído em 1945.
Uma placa de “vende-se” no número 2367 da avenida Itaipava, em frente a uma das mais antigas olarias do bairro, anunciava o fim de uma era da propriedade.
A Secretaria de Urbanismo de Itajaí não confirmou, até o fechamento desta matéria, se os proprietários tinham alvará para a demolição. A casa não era tombada pelo patrimônio histórico, segundo o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural.
No entanto, segundo o historiador Edison D´Ávila, o imóvel tinha um grande valor histórico - foi construído em 1945 por Edmundo Wippel, oleiro, dono da cerâmica Wippel.
Edmundo era filho do alemão Augusto Wippel, um dos primeiros imigrantes que se instalou na região no final do século 19. Ele se casou com uma das filhas do também oleiro Alexandre Vanzuita.
A casa foi residência da família Wippel durante décadas e atualmente era propriedade dos quatro filhos de Erivinha Wippel, que receberam o imóvel como herança.
Em abril, Rogério Wippel contou ao DIARINHO que colocou a casa à venda e informou que já estava em negociação, com propostas no valor de R$ 6 milhões sendo avaliadas.
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O DIARINHO não conseguiu contato com Rogério nesta segunda-feira.