Novo complexo
Itajaí terá “braço logístico” da zona franca de Manaus; serão 600 novos empregos
Operação começa nos próximos meses com investimento de R$ 200 milhões
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Itajaí será a única sede do sul do Brasil de um entreposto logístico da Zona Franca de Manaus (AM), que receberá um investimento de R$ 200 milhões e tem estimativa de gerar 600 empregos diretos. O complexo está em obras na rua José Lana, no bairro Brilhante 1, e tem previsão de entrega da primeira etapa para outubro e de conclusão total até 2025.
O projeto é do grupo mineiro BRL Properties, que iniciou negociações com a prefeitura no ano passado para a construção, que deve consumir R$ 200 milhões até o final da obra. O empreendimento será tocado pela ZF Log, que detém licença para operar entrepostos da Zona Franca fora de Manaus. No Brasil, são apenas cinco licenças, uma delas para Itajaí.
A zona franca é uma área onde as empresas instaladas no local recebem benefícios fiscais como medida para estimular o desenvolvimento da região. Os entrepostos funcionam com um “braço” da área, onde a movimentação das mercadorias também é beneficiada com a mesma isenção de impostos. As cargas recebidas em um entreposto podem permanecer por até 270 dias livre de encargos.
O novo complexo está em uma área de mais de 200 mil metros quadrados. Cerca de 80 mil metros quadrados de construção da primeira etapa serão entregues em outubro, quando a unidade já começa a operar. Produtos de marcas de gigantes de eletroeletrônicos, como Philco, Samsung, Intelbras, Positivo e TLC, produzidos em Manaus, estão entre a gama de mercadorias que serão movimentadas logo de início.
A conclusão total do projeto está prevista para ocorrer em 2025. Até lá, a expectativa é de que sejam gerados 600 empregos diretos. Atualmente, o entreposto da zona franca em Itajaí já existe, em uma área muito menor, o que limita a quantidade de cargas movimentadas. Segundo a prefeitura, o início das operações no complexo deve aumentar a movimentação de mercadorias em Itajaí.
Transporte de mercadorias via portos brasileiros
O ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Thiago Morastoni, que atuou para que a cidade fosse escolhida para o empreendimento, destaca que o fator determinante para a decisão dos investidores foi a possibilidade de movimentar as mercadorias pela navegação de cabotagem, que é o transporte por navios entre portos nacionais.
“Por conta disso e toda a questão logística, proximidade com a BR 101, operadores logísticos experientes etc, a BRL Properties me procurou para que ajudássemos na busca por uma área que comportasse o empreendimento”, lembra, destacando as condições logísticas favoráveis da região, com portos e rodovias federais para escoamento dos produtos.
Thiago comenta que a empresa ficou entusiasmada com as possibilidades na zona rural da cidade, considerando as transformações que a região já vem apresentando, rumo a se tornar um grande polo industrial. “A área total onde eles estão, para se ter uma ideia, tem 260 mil metros quadrados. A área de operação é de 80 mil metros quadrados. Então, existe aí também uma possibilidade de expansão”, ressalta.
Resumo da novidade
•Zona franca é uma área onde as empresas instaladas recebem benefícios fiscais como medida para estimular o desenvolvimento
• A unidade de Itajaí terá vantagens fiscais e vai movimentar mercadorias de grandes marcas
• Investimento é de R$ 200 milhões com a geração de 600 empregos
• Estrutura no Brilhante deve começar operações em outubro