Matérias | Política


Odair Tramontin

“O Partido Novo é a favor de qualquer tipo de privatização”

O pré-candidato do partido Novo ao governo de Santa Catarina visitou o DIARINHO e respondeu uma sabatina

Conteúdo Comercial [comercial@diarinho.com.br]

Odair Tramontin cumpriu agenda em Itajaí (Foto: João Batista)


O pré-candidato a governador de Santa Catarina pelo partido Novo, Odair Tramontin, esteve no DIARINHO na última sexta-feira. Tramontin atuou, por 33 anos, como promotor de justiça e já foi coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em Blumenau, cidade onde concorreu à prefeitura da cidade na última eleição.

À jornalista Franciele Marcon, Tramontin falou sobre sua pré-candidatura ao governo do estado, defendeu a bandeira das privatizações, e se manifestou sobre o SUS, a operação Lava Jato e a eleição à presidência da República.

Ouça a entrevista também em podcast no Portal DIARINHO.net

 

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À jornalista Franciele Marcon, Tramontin falou sobre sua pré-candidatura ao governo do estado, defendeu a bandeira das privatizações, e se manifestou sobre o SUS, a operação Lava Jato e a eleição à presidência da República.

Ouça a entrevista também em podcast no Portal DIARINHO.net



 

DIARINHO – O que motiva um promotor de justiça a ser candidato ao governo de SC?

Odair: Indignação. Eu sempre digo que o diferencial de um promotor de justiça, uma característica, é ser indignado com as coisas que não dão certo, que não funcionam. Eu não estou contente com a política, aliás, a sociedade brasileira, em geral, não está contente com o jeito de fazer política. Resolvi sair do combate das consequências da corrupção. Porque, como promotor, eu fui muito ativo, fui coordenador do Gaeco, fiz operações contra a corrupção no serviço público, em especial, na atividade político-partidária. Por conta disso, eu senti, ao longo da minha vida, de quase 34 anos como promotor de justiça, que, tal qual a polícia na sua atividade cotidiana, eu estava “enxugando gelo”. Surgiu a oportunidade, mudei de lado, estou, agora, no ambiente em que é possível combater as causas e não as consequências. Encontrei um partido que tem um ideário programático que coincide com aquilo que eu penso, que é o ideal, o adequado para se fazer política de um jeito diferente. Por isso, aceitei o desafio de ser candidato a prefeito de Blumenau, em 2020. Uma campanha maravilhosa, disputando contra os caciques da política local, ex-prefeito, prefeito em reeleição, deputados. E só faltou 1,2% para eu ir pro segundo turno. Agora, estou nessa privilegiada condição de pré-candidato ao governo do meu estado pelo Partido Novo.


DIARINHO – O senhor é desconhecido na política estadual. Como se fazer conhecer pelos catarinenses em tão pouco tempo?

Odair: Esse é o grande desafio. O Partido Novo, na sua essência, é um partido composto por profissionais bem-sucedidos que vão à política... porque a nossa principal bandeira é ter uma política ocupada por profissionais, e não como ela é hoje, como uma profissão. A política hoje virou uma profissão, nós temos os “profissionais da política”. Aliás, a política virou um negócio... Eu faço parte de um partido que não usa o fundão eleitoral, não usa dinheiro público para fazer campanha. Mas eu tenho referências que deram certo. Por exemplo, eu quase fui prefeito de Blumenau, mesmo nunca sendo filiado a um partido político anteriormente. O Adriano Silva, que é o nosso atual prefeito de Joinville... Portanto, o prefeito da nossa maior cidade catarinense, também nunca tinha sido político, é um jovem empresário. E, sendo desconhecido, conseguiu se eleger prefeito de Joinville. O Romeu Zema, que é o nosso único governador, foi eleito governador do segundo estado da federação (Minas Gerais), e também era um empresário bem sucedido e nunca tinha sido ocupante da vida pública. A gente entende que existe um espaço pras pessoas fora da política.

“O Partido Novo é a favor de qualquer tipo de privatização”

 


DIARINHO – Nos processos da Lava Jato, dois personagens-chave deixaram a carreira no judiciário pra entrar na política: o juiz Sérgio Moro e o promotor Dantan Delagnol. Eles são inspiração para o senhor?

Odair: Eles são pessoas que eu sempre defenderei no aspecto da atuação lá no Ministério Público e no Poder Judiciário. O Sérgio Moro se revelou um pouco desastrado na atividade política. Eu tenho uma admiração muito grande pelo papel que eles fizeram na atividade da profissão deles. São inspiradores. Sempre digo que o Sérgio Moro foi, seguramente, o melhor juiz que o Brasil já teve. Porque ele representou um fio de esperança de que nós tivéssemos um Brasil com um futuro mais promissor. Ao contrário da admiração que eu tenho pelo Sérgio Moro, eu refuto a atuação do Supremo Tribunal Federal, que foi o responsável por anular, sepultar essa operação que foi, talvez, a operação mais importante da história do Brasil. E que transformou os mocinhos em bandidos e os bandidos em mocinhos. Eu sou um defensor da Lava Jato, eu sou um admirador da Lava Jato. Agora, a atuação política deles eu não posso nem mencionar porque eles não foram testados ainda.

DIARINHO – O brasileiro está sofrendo com o retorno da inflação, do desemprego, do preço alto de combustíveis e alimentos. Por que estamos passando por problemas já vividos no início da década de 90?

Odair: De fato, esses problemas de inflação e desemprego atormentam qualquer um. Mas é preciso fazer justiça também em relação a essa questão. A inflação é um fenômeno mundial. E tem uma relação muito direta com a pandemia. É preciso dizer isso. Aumento dos juros no mundo inteiro, desemprego. Nós temos que ter a superação disso. Agora, a questão que me parece muito importante é que a gente tem que olhar pro futuro. E essa eleição presidencial é extremamente importante porque ela representará um divisor de águas a respeito das perspectivas disso. A inflação é um flagelo que, quem tem a minha idade sabe o que significa, a tragédia que é. Porque ela atinge diretamente as pessoas mais pobres. À medida que tira o poder de compra, tira a estabilidade social, tira o futuro das pessoas. Porque as pessoas, que têm dinheiro, conseguem se defender da inflação, e o pobre não consegue se defender. É preciso que se preste atenção na votação para a presidência da República para entender qual é o modelo de gestão que vem. (...) O estado de Santa Catarina, apesar de todos esses problemas, é o estado que tem o menor índice de desemprego do Brasil.


 

A saúde pública, em geral, é muito mal administrada”

 

DIARINHO – O Novo é um partido liberal, a favor do estado mínimo. O SUS foi essencial no combate à pandemia. Qual política pública pra saúde de SC o senhor defende, caso seja eleito governador?

Odair: Estado mínimo não tem nada a ver com questão de SUS, de assistência social. Porque estado mínimo não significa dizer que o estado abandone as suas funções principais. A gente prega que o estado não seja empresário, que o estado não tenha empresa. Mas a função do estado é o quê? É saúde, é educação, é segurança, é infraestrutura. Então, a saúde, o SUS, evidentemente, que é prioridade. Porque o estado existe, justamente, para dar proteção, para dar sustentação para aquelas pessoas que não têm condições de suportar isso. E a saúde pública é, eternamente, um problema no Brasil, vem de longe... Hoje, o estado de Santa Catarina, que está com um superavit financeiro como nunca visto antes, também, tem a contradição de ter uma das maiores filas de espera na saúde da história do nosso estado. Hoje, cerca de 140 mil catarinenses estão esperando por cirurgia. E por quê isso acontece? Por falta de priorização, mas, sobretudo, por falta de gestão. A saúde pública, em geral, é muito mal administrada. Nós precisamos repensar esse modelo, de que o estado entrega serviço através dos seus hospitais públicos numa gestão pública. Nós queremos fazer uma gestão mista, priorizar, estimular os hospitais filantrópicos, por exemplo, que têm tradição na prestação dos serviços, com esse modelo misto. E nos hospitais públicos, por exemplo, adotar o que já tá dando certo no Brasil inteiro, que são essas administrações através das organizações sociais, as chamadas OS. Porque o estado, diretamente, é um mau gestor, em geral. E eu dou uma prova disso. Gastamos milhões, bilhões em educação. Mas, quem pode, coloca os filhos em escola particular. Gastamos montanhas de dinheiro em saúde, mas, quem pode, contrata um plano de saúde. Segurança pública, a mesma coisa, as pessoas acabam contratando segurança privada. Infraestrutura, a gente torce para ter uma via pedagiada.

DIARINHO – O senhor é a favor da privatização do porto de Itajaí?


Odair: O Novo é a favor de qualquer tipo de privatização. Nós entendemos que as empresas públicas, de uma forma geral, são ineficientes... O Porto de Itajaí é um porto que gera resultado. Mas eu tenho certeza que, se ele for para a iniciativa privada, gerará melhores resultados. Só fazer a comparação com Navegantes, só fazer a comparação com Itapoá. A empresa pública, em geral, as pessoas defendem que “é estratégico”. É estratégico para cabide de empregos. Você pode notar, eu vi lá em Imbituba, Porto de Imbituba, que tem um sistema, mais ou menos, misto, já trocou quatro ou cinco superintendentes num só governo. Como que vai fazer gestão dessa forma? Ou seja, quando você aparelha isso, gera a ineficiência, a corrupção. Petrobras está aí pra dizer. Onde é que foi a Lava Jato, nasceu onde? Correios, Petrobras, mensalão, essas coisas todas. Porque essas empresas acabam sendo o ambiente onde o poderio político, que desfruta dos desvios, dos desmandos, se instala.

DIARINHO – Com a polarização na eleição à presidência, o senhor apoia o governo Bolsonaro? Subiria no palanque com ele ou com o ex-presidente Lula?

Odair: O Partido Novo tem candidato próprio: Luiz Felipe D’ávila. Eu peço para as pessoas acompanharem e vão constatar que é um candidato muito preparado, é um candidato que tem condições. E lá, no segundo turno, a gente vai se posicionar, vai avaliar, vai dizer qual vai ser a posição do Novo.




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