A situação de abandono do cemitério do centro de Penha está tão crítica que até mesmo o túmulo de João Batista Sérgio Murad, o caubói Beto Carrero, estaria servindo de abrigo para moradores de rua. 

Segundo a dona de casa M. F. F., moradora da praia do Quilombo, o cenário é complicado: andarilhos dormindo pelo local, roupas espalhadas, lixo e muitos cães de rua.

“Creio que o problema maior é a falta de vigia, ou a facilidade para entrar no local. Como é centro da cidade, ficou cômodo para esses mendigos viverem no local. É triste, mas também é uma falta de respeito”, destacou ao DIARINHO. O cemitério central fica na rua Nilo Anastácio Vieira, esquina com a avenida Ernesto Krause.

Outro flagrante denunciado no cemitério é a invasão de um jazigo de vidro – o morador de rua tirou um dos vidros, e usa o túmulo tranquilamente como dormitório.

A comunidade pede ainda serviços de controle de cães de rua, ratos e baratas no local, além de reformas na capela mortuária e a contratação de um vigia no cemitério. “Tem que fechar à noite, aumentar os muros e fiscalizar, senão ficará como está”, sugere a moradora M. F. F.

A Secretaria de Assistência Social de Penha disse ao DIARINHO que tem feito as abordagens de orientação aos moradores de rua, oferecendo acolhimento ou encaminhamento aos domicílios de origem. Contudo, há relutância por parte de alguns andarilhos que preferem ficar na rua.

A Assistência Social articula uma audiência pública, envolvendo todos os órgãos de fiscalização. Quanto à situação de manutenção do cemitério central, a secretaria de Obras diz que promoverá um mutirão, mas ainda não divulgou a data.