TEMPORADA

Empresas de água investem para garantir abastecimento

O aumento exponencial no consumo é ponto de alerta para as empresas responsáveis pelo fornecimento de água

Para o verão ser só alegria, não pode faltar água nas torneiras. Crédito: Valua Vitaly
Para o verão ser só alegria, não pode faltar água nas torneiras. Crédito: Valua Vitaly

O aumento da população nos municípios da Amfri - que chega a dobrar ou triplicar no final de ano - eleva também a demanda por água tratada. As distribuidoras da região evitam di­vulgar estimativas de consumo para este período, mas acumulam investimentos e ações específicas para garantir que não vai faltar água.

O grupo Aegea, responsável pela distri­buição em Bombinhas, Penha e Cambo­riú, já percebeu um aumento de consumo de água de 15% aos finais de semana, o que aponta para uma temporada movi­mentada no litoral.

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“A gente espera uma quantidade de turistas muito maior do que no ano pas­sado. É o que se desenha, mas não tem como afirmar. Nos preparamos para o maior número de população flutuante possível”, diz a gerente de operações da Aegea, Maraisa Mendonça.

Segundo ela, no último final de ano as pessoas ficaram menos tempo no litoral, “foram embora muito rápido”. Neste ano, o tempo de permanência pode au­mentar, o que gera “um consumo muito alongado”.

O superintendente de operações da Co­nasa, de Itapema, Denis Grassi, diz que o adensamento populacional preocupa, não apenas na Meia Praia, mas também em outros bairros. “A gente investiu bas­tante na ampliação das adutoras, na capa­cidade de produção de água e no armaze­namento”, diz.

A Conasa quadruplicou a capacidade de tratamento - chegando a 700 l/s - e a rede de distribuição - alcançando total de 286 km - nos últimos anos. “Itapema cresce num ritmo alucinante. A engenha­ria ‘sua a camisa’ para acompanhar esse crescimento”, acrescenta.

A Emasa, de Balneário Camboriú, por exemplo, aumentou a capacidade de tra­tamento em 42% a fim de atender os pi­cos de demanda. O percentual representa a elevação na capacidade de tratamento de 950 litros por segundo para os atuais 1.350 l/s.

“Nós temos uma bacia do rio Cambo­riú extremamente pequena e que abastece dois municípios. Mas nós tomamos algu­mas medidas nos últimos anos que fun­cionaram, já que não faltou água”, disse o diretor-geral da Emasa, Douglas Costa Beber.

Entre os investimentos estão uma nova estação de recalque, um novo reservatório capaz de armazenar 3,4 milhões de litros, e um novo sistema de bombeamento.

Em Itajaí, a situação é um pouco dife­rente. Segundo o diretor de Saneamento do Semasa, Victor Silvestre, a empresa já sentiu uma elevação de consumo nos úl­timos feriadões, mas não possui um pico de temporada como Balneário.

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Além disso, o Semasa capta água na foz do rio Itajaí-mirim, ou seja, tem à disposição maior volume de água bruta, mas enfrenta o desafio de tratamento com qualidade e rapidez.

“Quando chove muito, num curto es­paço de tempo, a água fica barrenta, com muita turbidez”, diz Victor, mas “quanto mais seco estiver o rio, mais difícil é para tratar a água”. Isso porque “nenhum mu­nicípio rio acima, Brusque, Guabiruba, nenhum tem coleta e tratamento de es­goto”, acrescenta.

Para solucionar o problema, o Semasa investiu em um novo sistema de cap­tação que quase dobrou a capacidade anterior e testa novos meios de trata­mento.

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Cuidados com esgoto

Mais consumo de água é sinônimo de mais geração de esgoto. Para isso, as empresas realizam parcerias de fis­calização e conscientização.

Em Balneário Camboriú, onde a prefeitura afirma ter mais de 95% do esgoto tratado, voltou o trabalho de lacração de saídas irregulares de es­goto, e a promessa é avançar mesmo no verão.

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Em Itajaí não é diferente. O diretor de Saneamento, Victor Silvestre, diz que a época até é boa para realizar esse tipo de movimento, já que faz a relação imediata com a balneabilida­de das praias.

O Semasa prepara um super muti­rão para verificar as ligações de esgo­to a fim de elevar a cobertura atual, de 26%, - muitas casas já estão liga­das à rede, mas têm alguma irregula­ridade. Apesar do percentual baixo, o foco em áreas-chave garantiu índices positivos de balneabilidade.

“O foco é atingir os 100%. Primeiro, é colocar os imóveis na rede onde tem rede. [Com isso], a gente já chega a 50%”, diz.

A Conasa afirma que Itapema já ultrapassou os 90% de cobertura de esgoto e que depende da ajuda da comunidade e da prefeitura para aumentar o percentual. Segundo o superintendente, Denis Grassi, a em­presa entregou recentemente mais 37 km de rede de esgoto, perfazendo um total de 182 km.






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